Palco de resistência: SindBan abre às portas para debate

No último sábado 12 de maio, o Sindicato dos Bancários de Piracicaba (SindBan) foi novamente um palco de resistência ao golpe em andamento no Brasil. Participantes de 23 segmentos organizados em sete cidades (Piracicaba, Campinas, Santa Bárbara D’Oeste, Capivari, Cerquilho Tietê e Rio Claro) debateram as consequências do golpe e nossas ações para o futuro.

Na oportunidade o Professor. Doutor Marcio Pochman, e o Vereador da cidade de Campinas, Pedro Tourinho debateram sobre a “;Economia e pol ítica em tempos de golpe “;, que foi mediado pelo ex-prefeito de Piracicaba, José Machado.

De acordo com o Dr. Pochman, no ano de 2017 a pobreza enquanto medida de distanciamento de um padrão digno de vida, terminou por crescer mais acentuadamente nos segmentos menos comuns. “;Vemos que até pouco tempo estes segmentos pareciam estar protegidos, como brancos, homens, mais escolarizados e adultos. Até então, os estratos sociais mais vulneráveis concentravam-se na população negra, crianças e mulheres, e brasileiros de menor escolaridade “;, comenta.

Pochmann resgatou momentos importantes da nossa história, que marcaram profundas transformações sociais: os anos 1880 e 1930; E afirmou que estamos vivendo o momento de construção de uma nova época, uma nova ruptura histórica, e o que construirmos agora será decisivo para os próximos 50 anos no Brasil. Isto aconteceu antes com os abolicionistas (1880) e com os tenentistas (1930).

Pochmann atribui a derrota do PT em 2016 ao não impedir o golpe aos seguintes fatores:

Não se conseguiu politizar os pobres;
Não se fez um realinhamento das Forças Armadas;
Não se fez uma alteração profunda do poder Judiciário;
Não se conseguiu o fim do monopólio dos meios de comunicação.

Por isso, 2018 é um ano da retomada da democracia, e um ano de luta para não permitir que esses números continuam crescente. “Aqueles que golpearam a democracia em 2016 sabem da centralidade das disputas de 2018 para a consolidação do processo antidemocrático. Nós, defensores da democracia e da justiça, também não podemos perder de vista a importância deste momento histórico e que só sairemos vitoriosos dele com muito debate, muita luta e unidade “;, comenta o Vereador Pedro Tourinho.

Para o Sindicato dos Bancários, é de extrema importância abrir as portas para todos neste momento tão conturbado do cenário pol ítico atual. Vale lembrar que o sindicalismo passa por um momento de resistência depois da retirada de direitos proposta pela Reforma Trabalhista. De acordo com o Presidente do SindBan, José Antônio Fernandes Paiva, não só os sindicatos, mas o trabalhador brasileiro sofre um dos momentos mais cr íticos na era democrática. “O Brasil caminha para passagens sem rumo, os empresários não sabem o que fazer. Na última década, com as mesmas regras trabalhistas em vigor, geramos milhões de empregos “;, comenta.

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