Lucro do Santander Brasil cresce 17,7% no semestre, para R$ 4,154 bilhões

O Santander Brasil registrou no primeiro semestre deste ano lucro l íquido de R$ 4,154 bilhões, um crescimento de 17,7% sobre igual per íodo de 2010. Os números foram divulgados nesta quarta-feira, 27, pela presidência da instituição, e estão no padrão internacional de contabilidade (IFRS).
Crédito
O banco fechou o per íodo com uma carteira de crédito total de R$ 171,3 bilhões, com crescimento de 17%, ou R$ 24,8 bilhões, nos últimos doze meses. “;O Santander tende a expandir sua concessão de crédito no ritmo do restante do mercado “;, disse em entrevista coletiva Marcial Portela, presidente do Santander Brasil. Para ele, a velocidade de expansão da indústria deve ficar entre os 17% do banco e 20%, já afetada pelas medidas macroprudenciais tomadas pelo governo.
“;O Banco Central fala em crescimento de 15%. Essa perspectiva de expansão menor é boa para não aquecer demais o consumo. Os aumentos da taxa básica de juros devem ter impacto na tomada de crédito, mas nada ainda tão forte. “; Ele acrescentou que essa resfriada na concessão de crédito será mais suave para os bancos privados, que emprestaram menos do que os estatais nos momentos de pico dos financiamentos.
As medidas do governo tiveram mais efeito nos empréstimos ao consumo do banco. Essa linha do crédito foi a que menos cresceu, com expansão de apenas 3,9% em doze meses, para R$ 27,1 bilhões em junho. Do crescimento total do crédito, 79% vieram dos negócios com pessoas f ísicas e pequenas e médias empresas. O segmento de companhias menores teve expansão de 27,7% na comparação anual, para R$ 41 bilhões, e o de pessoas f ísicas ficou com R$ 56,6 bilhões, um aumento de 23,4%.
Inadimplência
As taxas de inadimplência no Santander no segundo trimestre deste ano mostram queda na comparação anual, mas aumento em relação aos trimestres imediatamente anteriores. Para Portela, o terceiro trimestre do ano mostrará estabilização na curva de não pagadores. “;Devemos entrar agora no ponto de ajuste “;, afirmou.
Segundo ele, o crescimento da inadimplência está ligado às medidas de contenção de crédito adotadas pelo governo federal, como o aumento dos depósitos compulsórios da indústria. A inflação também contribuiu, diz ele, para corroer parte do poder de compra dos assalariados.
Oíndice total de atrasos acima de 90 dias no banco saiu de 4,7% em junho de 2010 para 3,9% no final do ano passado, 4% em março e 4,3% em junho deste ano. A inadimplência acima de 60 dias teve o mesmo comportamento. Saiu de 5,6% em junho do ano passado, para 4,7% no fim de 2010, 5% em março e 5,2% em junho último. “;Em todos os segmentos houve ligeiro aumento de inadimplência no trimestre, explicado por sazonalidade, alta da taxa de juros e os aumentos de spread dos bancos após as medidas do governo, que incentivaram o crescimento relativo dos produtos sem garantia “;, afirmou o presidente do banco.
Provisões
Nesse cenário de aumento de inadimplência, o banco elevou suas provisões para devedores duvidosos em 12% entre o primeiro e o segundo trimestres deste ano, para R$ 2,3 bilhões. No ano, no entanto, há queda nas reservas, de 11,3%, para R$ 4,3 bilhões. O n ível atual de provisões é considerado muito bom por Portela. “;Vamos continuar mais ou menos dentro dessa faixa, já que estamos prevendo uma estabilização da inadimplência. “;
Fonte: Portal IG

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