Caixa recua e mantém, em julho, adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor

Após muita pressão dos representantes dos trabalhadores, a CAIXA recuou e manteve em julho o pagamento do adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor, dando prazo até 11 de agosto para que as entidades apresentem argumentos pela manutenção do mesmo. Na negociação extraordinária da mesa permanente, realizada nesta terça-feira, 12 julho, em Bras ília (DF), foi homologada também a sistemática para promoção por mérito em 2016. As regras serão as mesmas do ano passado.

Na reunião, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) protocolou of ício reivindicando que fosse revogada a suspensão do pagamento do adicional. O corte foi anunciando pela CAIXA no dia 5 de julho, em comunicado interno, alegando que laudos de empresas contratadas consideraram que o ambiente em que se manipulam produtos qu ímicos pelos avaliadores não apresenta risco à saúde e que, portanto, os empregados da área não teriam mais direito ao correspondente a 40% do salário m ínimo (R$ 352).

Para contrapor o posicionamento, a CEE levou o caso à Fundacentro, vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social, que tem ampla experiência na área de segurança, higiene e saúde no trabalho. No documento protocolado, na negociação desta terça-feira, foram elencados alguns problemas no processo de avaliação de insalubridade feito pelos peritos contratados pelo banco.

A preocupação dos representantes dos empregados foi reforçada pelo presidente da Associação Nacional dos Avaliadores de Penhor da Caixa Econômica Federal (Anacef), João Ramalho, que a convite da Comissão Executiva e da Contraf-CUT participou da reunião preparatória, que ocorreu pela manhã, e da negociação com a empresa. “;Na maioria dos laudos obtidos só foi feita uma amostragem, e nos casos positivos o banco solicitou que o empregado refizesse “;, disse. Segundo ele, o que está acontecendo é uma descaraterização da atividade, pois os profissionais estão trabalhando em condições precárias, usando Equipamentos de Proteção Individual (EPI) inadequados.

As entidades representativas vão contratar novas per ícias técnicas para avaliar o ambiente de trabalho dos avaliadores de penhor em algumas unidades da CAIXA, e no dia 11 de agosto voltarão a se reunir, extraordinariamente, com o banco para retomar o debate sobre o problema. Antes, em 20 de julho, elas e os avaliadores de penhor vão realizar um Dia Nacional de Luta, quando farão a entrega de uma Carta Aberta aos Clientes.

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