1 de abril: SindBan vai à luta contra a Reforma da Previdência

30/03/2017 – 13:30

Ato promovido pelo Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba acontece neste sábado (1), às 9h00, na Praça José Bonifácio

Idade m ínima de 65 anos, sem distinção de gênero, 49 anos de contribuição para receber 100% do valor, proibição do acúmulo de pensões, trabalhadores rurais passam a contribuir para o INSS sobre as mesmas regras, o valor da pensão recebida por morte cairá pela metade. Essas são algumas das mudanças que a população brasileira enfrentará com a aprovação da Reforma da Previdência, proposta pelo Governo Federal em dezembro de 2016. Desde o in ício de março, o SindBan (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região) está realizando ações contra a Reforma. Neste sábado (1), a instituição participa de ato, promovido pelo Conespi (Conselho as Entidades Sindicais de Piracicaba), às 9h, na Praça José Bonifácio.

Apresentada sobre a justificativa de que há um déficit na Previdência, ou seja, falta dinheiro em caixa, a PEC vem gerando inúmeras discussões pelo pa ís. Segundo a advogada previdenciária, Dra. Ana Julia Avanci, o Governo Federal retira anualmente 20% do caixa da Previdência e quer passar a retirar 30%. “;Essa medida não é ilegal, está prevista na DRU (Desvinculação de Receitas da União), porém, como você retira 30% de algo que você diz que está falido? Não faz sentindo. A previdência não está falida e os números já provaram isso “;, explicou Ana Julia.

Anualmente, a ANFIP (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) divulga a publicação da Análise da Seguridade Social. Todos os anos, os saldos têm sido positivos. R$ 59,9 bilhões em 2006; R$ 72,6 bilhões em 2007; R$ 64,3 bi em 2008; R$ 32,7 bi em 2009; R$ 53,8 bi em 2010; R$ 75,7 bi em 2011; R$ 82,7 bi em 2012; R$ 76,2 bi em 2013; R$ 53,9 bi em 2014. Em 2016, o resultado não foi diferente, R$ 24 bilhões. Para o presidente o SindBan (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região), José Antonio Fernandes Paiva, a reforma tem como mote excluir do sistema previdenciário milhares de trabalhadores. “;O objetivo é que a previdência pública dê lugar para a privada, gerida pelos bancos. O compromisso não é com o povo, com os trabalhadores, mas com quem financiou o golpe “;, defendeu o sindicalista.

No in ício do mês de março, o Conespi lançou a Campanha Institucional Contra as Reformas da Previdência e Trabalhista. Dirigentes sindicais de diversos sindicatos piracicabanos levaram para as suas categorias jornais explicando os perigos das mudanças para os trabalhadores. Segundo a vice-presidente do SindBan, Angela Savian, a instituição entregou mais de 20 mil jornais. “;Os dirigentes sindicais percorreram as agências bancárias da nossa categoria e levaram informações não só para os bancários, mas os clientes. Além da entrega do material, estamos apoiando a Campanha da Câmara de Vereadores de Piracicaba Contra a Reforma da Previdência e usando a Tribuna Popular para conversar com os parlamentares e pedir apoio “;, comentou Angela.

“;Eu já sou aposentado, mas quero lutar pela aposentadoria dos meus filhos. Esses direitos foram adquiridos com muita luta e muito suor dos trabalhadores brasileiros, não podemos permitir que eles sejam rasgados ou usados para beneficiar o empresariado brasileiro, que é quem mais deve para a Previdência. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional fez um levantamento onde foi apurado que os devedores da Previdência Social acumulam d ívida de R$ 426,07 bilhões. O Bradesco, o Banco do Brasil e o Itaú Unibanco tem débito de respectivamente, R$ 465 milhões, R$ 208 milhões e R$ 88 milhões “;. São eles que precisam pagar a conta, não você, trabalhador “;, comentou Paiva.

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