Mercantil retira patrocínio da CAVA

O grupo Mercantil do Brasil anunciou a retirada do patrocínio do plano de benefícios previdenciários da CAVA e que a decisão seguirá para providências e posterior submissão à Previc, para a devida aprovação.

A CAVA, que tem no nome a homenagem a Vicente Araújo, fundador do Mercantil, foi criada pelos empregados, em 3 de maio de 1958, sob a forma de associação e declarada de utilidade pública pela Lei Estadual de Minas Gerais nº 2.601, de 5 de janeiro de 1962, com a missão de oferecer os seguintes benefícios aos seus participantes: auxílio natalidade, auxílio educacional CAVA, auxílio-doença, auxílio funeral e pecúlio por morte.

Prevista por lei complementar, a retirada de patrocínio é uma prerrogativa do patrocinador. Entretanto, deve ser tratada como algo excepcional, somente em casos extremos, e deve ter uma série de garantias à parte mais prejudicada na ação, ou seja, os trabalhadores que são participantes dos planos, atitude que não foi observada pelo Mercantil.

Para a Comissão de Organização dos Empregados (COE), o fim do patrocínio e a iminente extinção dos benefícios aos funcionários representam que o Mercantil do Brasil segue sua sana por lucros cada vez mais exorbitantes, em detrimento da qualidade de vida e valorização dos seus trabalhadores.

O movimento sindical não concorda com a retirada de patrocínio da CAVA. A retirada é um tapa na cara dos funcionários do Mercantil do Brasil que contribuíram a vida inteira para preservar seus benefícios.

A retirada do patrocínio da CAVA, significa fugir de uma responsabilidade assumida pelo próprio Mercantil do Brasil com seus funcionários, que honraram suas obrigações durante muitos anos e agora estão correndo o risco de serem prejudicados nos seus benefícios.

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