O SINDBAN promoveu palestra com a psicóloga Danielle Pagotto Franco para tratar muitos dos aspectos que interferem na saúde mental da mulher. Ela os classificou em duas categorias: biológicos e ambientais.
Entre os fatores biológicos estão a genética, os hormônios femininos que se alteram em fases como a menarca, gestação, climatério e menopausa. Doenças como hipertireoidismo, deficiências de vitaminas e enxaqueca também contribuem negativamente para a saúde mental da mulher.
Já os fatores ambientais, que têm relação com a cultura da sociedade são em número bem maior. Entre eles, a sobrecarga de trabalho, a maternidade e o pós-parto. Violência doméstica, abusos psicológicos e sexuais, infelizmente fazem parte da rotina de grande parte das mulheres e afetam sobremaneira a sua saúde.
Questões econômicas, como a dependência do homem ou desvantagens salariais mesmo quando as mulheres cumprem as mesmas funções do homem são realidades que as perturbam. Junta-se a isso, a baixa escolaridade que limita as oportunidades das mulheres no mercado de trabalho, assim como a sua renda.
Os meios de comunicação têm responsabilidade considerável na saúde mental, sobretudo em relação aos padrões de estética veiculados, assim como as discriminações de raça, classe social e de gênero.
A pandemia da covid-19 trouxe ainda mais desafios para a saúde da mulher. De forma equivocada, os cuidados com as pessoas são em grande parte colocados como de responsabilidade das mulheres. O home-office e as aulas online dos filhos, administradas em casa sufocaram as mulheres.
O resultado disso tudo é o aumento da irritabilidade, humor deprimido; agressividade ou comportamento explosivo, apatia, insônia ou hipersônia, ansiedade, perda ou ganho de peso, comprometimento da autoestima.
Esses e outros sintomas podem desencadear transtornos como depressão; transtorno de Ansiedade; Toc, Síndrome de Burnout, transtornos alimentares, compulsões e doenças psicossomáticas como da pele, gastrite e fibromialgia.
Como se vê, os fatores ambientais, ou seja, sociais e culturais são os grandes responsáveis pelo desequilíbrio da saúde mental das mulheres. De outro lado, é interessante observar que esses padrões comportamentais podem ser mudados. E para isso, o papel do homem é bastante importante.
“Os homens precisam rever seus comportamentos, ouvir mais as mulheres, se colocar no lugar delas, ser mais companheiros. E agir para coibir as discriminações e a violência contra a mulher. Assim podemos avançar mais rápido para uma sociedade mais igualitária”, comenta Angela Savian, vice-presidente do SINDBAN.
Sobretudo, aponta a psicóloga Danielle Pagotto Franco, “as mulheres precisam cuidar da sua saúde. É necessário manter exames em dia, praticar atividades físicas regulares, cuidar da alimentação, do sono. Se for o caso, procurar uma rede de apoio e a terapia”.
A terapia pode estar associada a um tratamento psiquiátrico, quando a saúde mental da mulher já está bastante debilitada, inclusive com o uso de medicamentos. Mas, os cuidados de um psicólogo podem ajudar as mulheres a não chegar a esse ponto. Por isso, quanto antes a ajuda melhor.
O Sindban disponibiliza profissionais psicólogos tanto para adultos quanto para crianças. Se você deseja agendar uma consulta, entre em contato com a secretaria do Sindicato pelo telefone (19) 3417-133 ou pelo WhatsApp (19) 9 9791-5542.