Retomada do home office no BB reforça debate sobre Estratégia Saúde da Família

Na última semana, os trabalhadores do Banco do Brasil conquistaram, junto à mesa de negociações com o banco, o retorno ao home office para os funcionários do grupo de risco e os com mais de 60 anos.

Esse foi um avanço dos trabalhadores para assegurar a saúde daqueles que sofrem com alguma comorbidade e dos mais frágeis, do ponto de vista médico. Precisamos, agora, prosseguir para uma outra e tão importante discussão que é o papel da Cassi no fortalecimento da Estratégia Saúde da Família, fundamental, principalmente, para os pacientes do grupo de risco.

Desde o ano passado, representantes dos funcionários do BB no movimento sindical e entidades associativas vem denunciando mudanças estruturais na Cassi em prejuízo dos associados.

Entre as principais alterações estão a terceirização da Telemedicina para a empresa norte-americana Iron, instalada no Brasil desde 2020 e que teve seu primeiro contrato relevante no país com a Cassi.

É estranho que uma empresa novata no mercado brasileiro é contratada, logo de primeira, pelo maior plano de saúde de autogestão do país

A terceirização tende a aumentar os custos da Cassi e reduzir a qualidade dos serviços aos associados. A cada novo contato com o Teleatendimento da Cassi, ao invés de ser direcionado à Estratégia Saúde da Família (ESF), ligado às CliniCassi, o associado é encaminhado para um médico diferente do mercado.

A ESF é um modelo adotado pelos sistemas de saúde mais modernos do mundo. Isso porque, nela, o paciente é acompanhado, durante toda a sua trajetória, por uma equipe multidisciplinar, aumentando as chances de diagnósticos e tratamentos corretos, consequentemente reduzindo os custos nos sistemas de saúde.

Quando a Telemedicina indica um médico diferente, cada vez que o associado precisa de atendimento, além de prejudicar o tratamento dos associados, aumenta os custos da Cassi.

O movimento sindical tem ainda feito reivindicações quanto ao Programa de Assistência Farmacêutica (PAF), que teve sua lista de medicamentos abonáveis reduzida em 1.818 produtos, desde 2019. Outra preocupação é o desmonte da rede credenciada, diminuída em cerca de 5.400 prestadores e serviços desde 2016.

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2 comentários em “Retomada do home office no BB reforça debate sobre Estratégia Saúde da Família”

  1. RENATO COUTINHO CAZETO

    O sindicato fica brigando para os do grupo de risco e com mais de 60 anos ficarem em casa(Mesmo com 3 doses de vacina) e se lixando para os que precisam ficar nas agencias e trabalhando dobrado.

    1. Caro Renato , respeitamos o seu desabafo, de fato o Banco do Brasil é um grande problema neste governo , o Sindicato é parte da solução, e temos mostrado isso, fechando agências , departamentos, agindo em parceria com o CEREST, defendendo um bom atendimento na CASSI e na PREVI , fortalecendo o ECONOMUS .
      Recentemente inclusive 435 colegas do BB receberam mais de UM MILHÃO de reais por ação do Sindicato.
      Reafirmo pra você o problema não está entre os funcionários mais sim no modelo de gestão imposto por este governo ao Banco, com reestruturação, desmonte , desmotivação . São menos colegas fazendo muito mais .
      Talvez por ter deixado o nosso quadro de associados não tenha recebido a informação do nosso denodo em defesa de TODOS @s colegas do BB.
      No entanto convidamos a voltar a fazer parte da nossa família SINDBAN !

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