O Comando Nacional dos Bancários se reuniu, na tarde desta terça-feira (8), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para apresentar a “Avaliação longitudinal do Impacto do SARS-CoV2 no sistema nervoso em bancários”. A pesquisa foi coordenada pelas professoras doutoras Clarissa Yassuda e Márcia Bandini, que participaram da reunião.
Márcia Bandini revelou que prefere utilizar a palavra “efeitos prolongados” ao invés de “sequelas desta doença”, completando: “Aparentemente, os efeitos da Covid-19 são temporários. A gente sabe que nossos colegas de trabalho ou familiares que foram contaminados não são os mesmos. A gente sempre soube, também, que a Covid-19 provoca efeitos logo após a passagem da doença. Alguns deles descobrimos que passam no curto prazo, outros não.”
Para a professora doutora Clarissa Yasuda, participar de uma reunião como a desta terça-feira foi uma experiência diferente e inovadora. “Participo com muita satisfação, por transformar os dados que a gente coleta em algo que seja útil para os trabalhadores e para toda a sociedade.”
Além de apresentar o corte para a categoria bancária da pesquisa, o encontro também serviu para reforçar as reivindicações da categoria com relação aos protocolos de segurança sanitária, que garantem a saúde e a vida da categoria, apresentadas nas reuniões realizadas dias 18 e 31 de janeiro.
O que nós queremos é que os trabalhadores sejam atendidos, assistidos, cuidados, para que depois não vire afastamento, com efeitos piores, e, posteriormente, demissões. Também é preciso fazer uma discussão banco a banco.
A pesquisa demonstra a necessidade de um cuidado especial com o pós-covid. A doença impacta a saúde e a vida profissional. Tem colega voltando sem plenas condições para os trabalhos. Precisamos nos debruçar sobre esta situação, com informações sérias, dados concretos, pesquisas cientificas, para aprofundar este tema e definir algumas medidas que resolvam o problema. Nós temos responsabilidade na representação dos colegas e os bancos têm responsabilidades com a saúda e a vida dos seus trabalhadores.
Carnaval – O Comando Nacional dos Bancários cobrou ainda a decisão da Febraban sobre os dias do Carnaval. Para os representantes dos trabalhadores, o feriado deve ser mantido.
A Fenaban informou que não haverá atendimento ao público nas agências na segunda e na terça-feira (28 de fevereiro e 1 de março). Na quarta-feira de cinzas (2), o atendimento começa às 12h, com fechamento no horário normal. Nas localidades em que os fechamentos são antecipados, desde o início da pandemia, será garantido o mínimo de três horas de atendimento.