Hoje foi dia de protestos nas redes sociais contra as medidas do Bradesco com a hashtag #QueVergonhaBradesco.
De janeiro a setembro o banco demitiu mais de 3.000 funcionários e, se contarmos o período de 12 meses veremos que as demissões resultaram em uma redução de 8.100 funcionários no quadro de trabalho.
Apesar de o banco negar que haja reestruturação em andamento, as demissões estão ligadas ao novo modelo de atendimento implementado pelo Bradesco, que está transformando agências em unidades de negócios, sem atendimento de caixa.
Isso traz um enorme prejuízo aos clientes, uma vez que a cada dia tem menos funcionários para atendê-los. E, para quem trabalha no banco, significa sobrecarga de trabalho e aumento do assédio moral na cobrança de metas, uma vez que elas são mantidas, ou ficam ainda maiores, mesmo com a redução do pessoal. A consequência é o adoecimento físico e mental
A categoria bancária está entre as que mais sofrem com as lesões por esforços repetitivos, Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/Dort) e transtornos mentais.
Segurança e condições de trabalho – A coordenadora da COE/Bradesco diz que a principal reinvindicação dos trabalhadores é a preservação do emprego e a reversão das demissões, mas, também, a melhoria das condições de trabalho daqueles que permanecem no banco.
Além da sobrecarga e da cobrança de metas, os trabalhadores ficam apreensivos com a falta de segurança e o risco que correm com a retirada das portas giratórias.
Tudo isso contribui para a degradação do ambiente de trabalho, com o aumento do estresse, de afastamentos para tratamento de saúde e isso gera ainda mais redução de pessoal no atendimento. Vira uma bola de neve! Por isso, o banco precisa parar de demitir e rever as demissões já realizadas.