Semana da Mulher recebe fundadora da União Brasileira de Mulheres

Em mais um dia de programação, a Semana da Mulher teve a honra de receber Liége Rocha, fundadora da União Brasileira de Mulheres (UBM), em mesa redonda que teve como tema: Delegacia 24 horas: Realidade Estrutural x Necessidades. A abertura dos debates ficou por conta da Cia Teatral Ronaumrose com intervenção artist íca sobre a Lei Maria da Penha.

Entre os convidados também estavam o Secretário da OAB Subseção Piracicaba, Rodrigo Correa Godoy, o Coordenador Geral do CASVI (Centro de Apoio e Solidariedade à Vida), Genésio Aparecido da Silva, cordenadora do CASVI, Pamela Cristina de Oliveira, a Presidente do Conselho Municipal da Mulher, Thais Progete, e, representando o SindBan, a vice-presidente Angela Ulices Savian.

Durante seu discurso, Liége foi incisiva sobre a questão da violênia contra a mulher. “;Não venha me dizer que a violência do homem contra a mulher é doença. Se fosse doença ele batia no chefe, no vizinho ou em outros 'machões' como ele. A violência se dá por conta de uma relação de poder, dominação. é preciso entender a opressão de gênero para combatê-la”, defendeu.

O Secretário da OAB Subseção Piracicaba, Rodrigo Correa Godoy, comentou sobre a falta de preparo humano no atendimento às mulheres v ítimas de violência. “A Delegacia da Mulher tem como objetivo atender de forma mais humana e solidária, mas infelizmente ainda vejo profissionais que atendem a v ítima questionado sua roupa, transferindo a culpa do agressor à mulher. Precisamos preparar os profissionais para um atendimento mais digno e humano”.

“Até que ponto as pol íticas públicas que defendem as mulheres envolvem as transexuais? Precisamos olhar para essas mulheres que diariamente sofrem discriminação e violência. Essa população vive na madrugada, quando essas mulheres sofrem violência precisam ir para o Plantão Policial, já que a Delegacia da Mulher não é 24 horas, e ao invés de serem protegidas, são chamadas de ‘João’ “;, comentou a coordenadora do Casvi (Centro de Apoio e Solidariedade à Vida), Pamela Cristina de Oliveira.

A vice-presidente do SindBan, Angela Ulices Savian, ressaltou que enquanto era feita a discussão sobre o assunto, uma mulher estava sendo morta. “A cada hora e meia, uma mulher morre no Brasil v ítima de violência. Realidade que pode começar a ser mudada se houver educação, informação.”

Tribuna Popular – O escritor Leo Botão utilizou a Tribuna Popular para falar sobre o seu livro “Flores que Choram”, que contou com o apoio cultural do SindBan e da Federação dos Bancários SP/MS. No seu disurso, o autor falou da necessidade da instalação da Casa de Acolhimento em Piracicaba. “Se uma mulher sofre violencia na cidade, ela não tem para onde correr.”

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