Prorrogado prazo para bancário responder o mapa das diversidades

A Federação Brasileira dos Bancos (Fenaban) prorrogou até seis de junho o prazo para que bancários respondam o mapa da diversidade nos bancos, dentro do Programa de Valorização da Diversidade no Setor Bancário. A pesquisa, iniciada no último dia 9 de abril, busca fazer um levantamento entre os bancários, tendo como foco dados referentes a cor, raça, gênero, idade e cargo, data da admissão, ascensão e remuneração. De acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, Angela Ulices Savian, todo bancário tem compromisso de responder ao questionário. “;A nossa meta é engrossar a consulta que está sendo feita em todo Pa ís “;, destaca. A consulta está sendo feita através do site www.febraban.org.br/diversidade, sendo exclusiva aos bancários. “;O mapa da diversidade é uma antiga reivindicação dos bancários, anterior à instalação da Mesa Temática Igualdade de Oportunidade com a Fenaban, no ano de 2000. O objetivo desta pesquisa é de propor ações para corrigir situações de discriminação, subcontratação “;, destaca a vice-presidente do sindicato local. ângela Savian explica que o projeto do Mapa da Diversidade nasceu da denúncia do movimento sindical bancário junto à Fenaban, de que havia discriminação nos locais de trabalho e que as contratações eram desiguais: mulheres, negros, idosos, homossexuais e trabalhadores com deficiência são preteridos na hora da contratação ou quase sem chances de subir na carreira. Inicialmente, lembra ela, a Fenaban negou a discriminação e desafiou os sindicatos a provar a existência do problema. Em 2001, no entanto, o Dieese realizou a pesquisa “;Rosto dos Bancários “;, comprovando a discriminação denunciada. A vice-presidente do Sindicato lembra que com este material, o Ministério Público do Trabalho resolveu acionar os bancos para garantir um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O documento estabelecia prazos e metas para eliminar as desigualdades, mas os bancos não aceitaram. A partir da í, o Ministério Público do Trabalho entrou na Justiça contra cinco bancos (Itaú, Bradesco, ABN, Unibanco e HSBC) por discriminação coletiva. Perdeu em primeira instância, mas o movimento negro arrancou uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, em meados de 2005. A audiência rendeu reuniões permanentes que perduram até hoje, entre o MPT e a Fenaban, com participação de representação dos trabalhadores bancários. Vanderlei Zampaulo -; MTb-20.124

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