Com o objetivo de discutir a incorporação do Banco Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, os diretores do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, Sandra Oliva Stefanovitz e Rui Roberto Pezolato, participam na tarde desta segunda-feira, dia 26 de maio, de reunião do Comando do Banco Nossa Caixa. Neste encontro, o Comando estará discutindo como o processo se dará e mecanismos de proteção aos empregados do Banco Nossa Caixa. O encontro está marcado para as 15 horas, na sede da Contraf, e será marcado pela definição das reivindicações da categoria e a participação dos trabalhadores no processo. O presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e região, José Antonio Fernandes Paiva, desde a última sexta-feira vem fazendo gestões junto ao governo federal, para garantir que os empregados do Banco Nossa Caixa não tenham ameaçado seus empregos e direitos, caso se concretize a venda do banco estatal para o Banco do Brasil. Paiva, que, inclusive, já manteve contato com o gabinete do deputado federal Ricardo Berzoini (PT) a quem enviou um manifesto em defesa dos bancários, pedindo que sejam mantidos os empregos dos funcionários e que não haja o fechamento de agências. Documentos com a mesma finalidade também foram encaminhados ao Ministério do Trabalho, à presidência do Banco do Brasil e à Câmara dos Deputados. Paiva deixa claro que o Sindicato vem acompanhando essa negociação de perto e não vai admitir que ocorra qualquer ameaça aos empregos, tampouco aos direitos dos trabalhadores. “;Também exigimos que a negociação seja aberta, transparente e que a transição seja negociada com o movimento sindical “;, enfatiza. EMPREGO GARANTIDO -; As informações dadas até agora ao presidente do Sindicato local são de que o presidente do Banco do Brasil , Antônio Francisco de Lima Neto, garantiu de que não haverá demissões em função da incorporação. Ao deputado estadual e presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, David Zaia, o presidente do BB garantiu que não há nenhuma posição de demissão, já que num processo de incorporação os funcionários são absorvidos. VANTAGENS– Do ponto de vista do negócio, os analistas consideram que o poss ível acordo entre os dois bancos estatais, anunciado na última quarta-feira, seria vantajoso para ambos. Para a Nossa Caixa, porque passaria a pertencer a uma grande instituição nacional – o que a livraria de ter que investir milhões para segurar clientes em São Paulo ou conquistar novos em outros Estados. Além disso, o banco vem registrando sucessivos trimestres de resultados ruins, devido à necessidade de amortizar a compra do contrato de exclusividade para pagamento da folha de 1,1 milhão de servidores paulistas, válido por cinco anos, por R$ 2 bilhões. “No último trimestre, a Nossa Caixa só teve lucro porque ativou créditos fiscais”, afirmou João Augusto Frota Salles, economista da consultoria Lopes Filho. Já o BB passaria à liderança do varejo bancário em São Paulo, o mais importante do pa ís, em número de agências. Somadas, as unidades do BB (682) e as do banco estatal paulista (552) superariam as 1.022 do Bradesco. De quebra, o banco federal ampliaria a liderança em ativos no mercado brasileiro. O BB encerrou março com ativos totais de R$ 392,6 bilhões. Somados os R$ 51,4 bilhões da Nossa Caixa, esse número subiria para R$ 444 bilhões, distanciando-se do Bradesco, segundo no ranking, com R$ 355,5 bilhões. Vanderlei Zampaulo -; MTb-20.124
Diretores do sindicato participam de reunião do comando da Nossa Caixa
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