Depois de cobrança, GT começa a debater promoção por mérito na Caixa

Depois de muita cobrança da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por meio da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, a primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Promoção por Mérito, comissão paritária formada por representantes da Caixa e dos empregados, foi realizada por videoconferência nesta quarta-feira (16). Porém, terminou sem acordo.

Desde o fim da Campanha Nacional 2020, os representantes dos trabalhadores tentam agendar uma data, sempre cancelada ou adiada pelo banco público. A urgência para o in ício das discussões é motivada pela proximidade do final do ano, já que este GT discute as formas de avaliação que serão levadas em consideração para os empregados receberem o Delta no ano seguinte.

Em função do curto prazo, que na prática inviabiliza a divulgação dos critérios aos empregados, adequação de sistemas e atualização de normativos, os representantes dos empregados apresentaram a proposta de que todos os empregados que não estivessem enquadrados nos impedimentos previstos pelo RH 176 fossem contemplados com o Delta. “;Nós não estamos num ano de avaliação dos empregados. Nós estamos num ano de reconhecimento por todo o trabalho feito durante a pandemia. Como a empresa quer dizer que os empregados que estão trabalhando em jornadas extenuantes e cobrados por metas não merecem Delta? “;, questionou Carlos Augusto Pipoca, representante da Feeb SP/MS na CEE.

A Caixa negou e defendeu a aplicação da Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), que também só teve os critérios definidos recentemente, o que prejudica os empregados, por seu potencial excludente. A proposta foi negada pelos representantes dos trabalhadores. “;Como os critérios da GDP não são objeto de discussão, não podemos aceitar sua aplicação integral na promoção por mérito “;, lembrou João Paulo Pierozan, coordenador da representação dos empregados no GT.

Uma nova reunião será marcada para a definição desses critérios. “;Nós estamos muito preocupados com o curto prazo que temos para discutir os critérios. é importante lembrar que temos tão pouco tempo por culpa exclusivamente da Caixa, que desmarcou várias reuniões desde setembro “;, completou Carlos Augusto Silva, o Pipoca, da representação dos empregados no GT.

Para Elvira Ribeiro Madeira, membra do GT, a atitude da Caixa mostra a incoerência da alta direção da Caixa, que fala sobre a valorização dos empregados, mas não confirma este sentimento com atitudes. “;Está na hora de sair da retórica e reconhecer efetivamente o trabalho dos empregados. “;

Histórico – Forma de progressão no Plano de Cargos e Salários (PCS), junto com a promoção por antiguidade -; que é devida ao empregado a cada dois anos -; a promoção por merecimento deixou de ser aplicada em 1996. Após 1998, a situação agravou-se, pois os empregados admitidos a partir desta data foram enquadrados em um novo PCS, que, na carreira administrativa, possu ía apenas 15 referências.

Assim, a última referência do PCS, que seria alcançada pelo empregado somente após 30 anos de trabalho, considerando as promoções por antiguidade a cada dois anos e a ausência da promoção por merecimento, era apenas R$ 850,00 maior que a referência de ingresso na Caixa.

Em 2008, os empregados conquistaram a unificação dos PCS de quem foi admitido antes e depois de 1998, ampliando o teto e restabelecendo as promoções por merecimento.

O novo PCS, atualmente em vigência, conta com 48 referências, sendo a inicial (201) R$ 3.000,00 e a última (248) R$ 8.763,00, diferença de R$ 5.763,00 entre a referência final e a inicial. Considerando a concessão de um Delta merecimento a cada ano e o Delta por antiguidade a cada dois anos, o empregado pode alcançar o topo do novo PCS após 32 anos trabalhados na Caixa.

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