Caixa apresenta resultados excepcionais, mas precisa rever sua política de pessoal

Campanha salarial de 2008 deveria ter terminado com a assinatura do aditivo, mas edição de CI rompe com o negociado Os resultados da Caixa no terceiro trimestre de 2008, divulgados no dia 5 de novembro, em Bras ília, revelam desempenho excepcional. O lucro l íquido de julho a setembro foi de R$ 722,2 milhões contra R$ 62,5 milhões no mesmo per íodo do ano passado. O acumulado no ano é de R$ 3,3 bilhões, valor 90% superior ao obtido até o mesmo mês em 2007.
O desempenho tem entre seus principais fatores o crescimento das operações de crédito, cujo saldo total atingiu R$ 69,2 bilhões até setembro. O incremento foi de 33% em comparação com o mesmo per íodo do ano passado. Só em operações de crédito comercial foram R$ 22,9 bilhões, crescimento de 29% frente a setembro de 2007.
As contratações no setor habitacional mantêm ritmo de crescimento expressivo. Foram R$ 6,7 bilhões no terceiro trimestre deste ano, valor 45,7% maior que o do mesmo per íodo do ano anterior. Os dados gerais do trimestre e do acumulado do ano compõem resultado global altamente positivo, digno de registro.

Mas, infelizmente, nem tudo vai bem. Há um sério problema para o qual não se pode fechar os olhos. Os empregados da Caixa, responsáveis diretos por esse excelente desempenho da empresa, não estão tendo o devido reconhecimento pelo trabalho que realizam. E, mais que isso, estão vendo a direção da empresa insurgir-se contra o próprio acordo coletivo de trabalho, recém assinado.
A Caixa precisa reparar imediatamente o grave erro que foi a edição da CI 107, por tratar-se de flagrante ruptura com o que foi estabelecido por meio de negociação. Precisa rever também os cortes de funções e pôr fim a todas as formas de retaliação aos trabalhadores que fizeram greve em defesa de suas reivindicações.
Para a Fenae, APCEFs e sindicatos, a campanha salarial de 2008 deveria ter encerrado com a assinatura da Convenção Coletiva com a Fenaban e do aditivo com a Caixa. Para a pacificação dos conflitos, basta que a empresa também vire essa página observando o que nela ficou registrado.

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