Banqueiros dizem não para tudo e voltam a negociar nesta quarta-feira

Na 5ª rodada de negociação, nesta terça-feira, 16 de setembro, os banqueiros quebraram o clima de negociação mantido nas quatro primeiras rodadas. Além de dizerem não para todas as reivindicações de saúde e condições de trabalho, de igualdade de oportunidades e de emprego, e para as cláusulas sociais e renováveis, ainda insinuaram retirar direitos. Já nesta quarta-feira, dia 17, está marcada negociação para tratar exclusivamente das reivindicações econômicas. De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, ângela Isabel Ulices Savian, se os banqueiros mantiverem a intransigência, não restará outra alternativa a não ser intensificar a mobilização e construir até uma greve. Segundo ela, os “;nãos “; soaram como provocação e descaso aos esforços que a categoria tem feito para negociar suas propostas. As respostas negativas abrangem uma série de reivindicações que são caras aos bancários, como garantia de emprego, aux ílio educação, ampliação da licença maternidade para seis meses independentemente da lei obrigar ou não, a isonomia para os afastados e o reconhecimento da periculosidade que aumenta a cada dia nas agências bancárias, sujeitas a assaltos e violência. Igualdade de Oportunidades Nas primeiras horas de negociação os bancos negaram promover a igualdade de oportunidades nos bancos para todos. Não aceitam adotar uma pol ítica de inserção social que contrate negros, mulheres e pessoas com deficiência na mesma proporcionalidade de pessoas economicamente ativas em cada estado brasileiro. Também ser recusam tratar com isonomia trabalhadores e trabalhadoras com orientação homoafetiva, e acreditam que a ascensão profissional também não é tema para mesa de negociação coletiva. Saúde e Condições de Trabalho Estabelecer uma pol ítica de saúde, com ampliação das prerrogativas das Cipas que melhore as condições de trabalho, também passa longe do que os banqueiros querem para seus funcionários. O mesmo pensam sobre estabelecer na Convenção Coletiva a garantia de assistência médica, hospitalar e odontológica para os bancários e seus dependentes. Segurança Nem mesmo a violência comprovada contra bancários nos assaltos e seqüestros que só aumentam dia-a-dia e estão estampados nas páginas dos jornais de todos os cantos do pa ís, sensibilizam os bancos a reconhecerem a periculosidade no ambiente de trabalho e adotar medidas que aumentem a segurança e diminuam os riscos. Emprego Para os bancos a garantia de emprego e adoção da Convenção 158 da OIT, que é contra a dispensa imotivada e pode, no caso dos bancos, por exemplo, barrar demissões nos casos de fusão, é vista como uma questão a ser tratada individualmente entre empregado e patrão e não em Convenção Coletiva. Vanderlei Zampaulo -; MTb-20.124

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