Banco do Brasil esclarece orientações sobre prova de vida do INSS

Após pressão da representação dos funcionários, o Banco do Brasil esclareceu Instrução Normativa sobre a prova de vida de beneficiários do INSS.

O banco entrou em contato e informou que os beneficiários com impossibilidade de locomoção, que estejam acamados, ou hospitalizados serão orientados a constituir um procurador junto ao INSS. Somente em casos excepcionais, quando não houver possibilidade de constituição de um procurador, o gestor deve solicitar autorização ao seu superior hierárquico para realizar a prova de vida fora do ambiente f ísico da agência.

E o documento do BB ainda esclarece o que seria o atendimento fora do ambiente f ísico da agência: Enquadram-se nesse requisito o beneficiário que já está nas proximidades da dependência, nas situações em que é conduzido de maca, ou cadeira de rodas, e não tem acesso ao interior da dependência.

Sensacionalismo -; O funcionário não deve se sentir pressionado, ou achar que não está cumprindo com sua responsabilidade social por causa de reportagens, ou ações extremadas de beneficiários ou de seus familiares.

O Banco do Brasil e seus funcionários cumprem seu papel de banco público em apoio às pol íticas sociais no atendimento da população. Mas, não podem ser responsabilizados por uma coisa que é responsabilidade do governo. Atuam apenas como um conveniado, em apoio à execução das pol íticas sociais. Mas não concordamos com a exigência da prova de vida neste momento, em plena pandemia. Uma medida que coloca em risco pessoas que são mais vulneráveis ao contágio.

Acompanhamento – Mesmo com os esclarecimentos dados pelo banco, os sindicatos acompanharão de perto os procedimentos realizados pelos funcionários.

Temos que estar atentos para evitar que haja abusos e descumprimentos do que o banco determina. Não podemos nos esquecer de que, dias antes, circulou um boletim interno pedindo que os funcionários ‘aproveitassem’ a realização da prova de vida para vender produtos e serviços e cumprir metas de vendas. Tampouco das ameaças feitas em áudios

Sabemos que o banco orientou que isso não seja feito, mas já vimos, em outras ocasiões, gestores desrespeitarem a orientação da instituição para cobrar resultados onde eles não deveriam ser cobrados. Vamos ajudar o banco nesta fiscalização.

Quadro reduzido de funcionários – Os programas de desestruturação do banco, implantados desde 2016, reduziram drasticamente o quadro de funcionários. Existe sobrecarga de trabalho. Em muitos casos, gerentes precisam realizar todas as operações bancárias por falta de funcionários.

Desde 2016, o banco passou a reduzir o número de agências e de funcionários para se adequar ao mercado. De lá para cá, o banco fechou 5.161 postos de atendimento e reduziu 17.518 vagas no quadro de funcionários.

Não se trata de reestruturação, como anunciam pela imprensa. é uma desestruturação, que visa prejudicar a imagem do banco e de seus funcionários, com o objetivo de privatizar o banco sem que haja reclamações da sociedade.

Por isso, estamos em constante campanha em defesa dos bancos públicos e nesta semana iniciamos um processo de intensificação desta defesa em decorrência dos incessantes ataques do governo.

Compartilhe:
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Comentários do Facebook

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Skip to content