Bancários organizam ato em Brasília contra autonomia do Banco Central

Em repúdio à plataforma de governo de candidatos à República, o Sindicato dos Bancários de Bras ília e a Central única de Trabalhadores de Bras ília (CUT-Bras ília) se reuniram na última terça, 9, em ato público em frente ao Banco Central (Bacen), na capital federal, contra a autonomia do órgão, para que o banco continue trabalhando a favor da sociedade brasileira e não apenas dos banqueiros.
O Bacen, que tem como principal função regularizar e fiscalizar o sistema financeiro brasileiro, é responsável pela pol ítica de crédito cambial e monetária. Para isso, é necessário que a entidade esteja entrelaçada com o projeto de governo e priorize o interesse público acima dos privados.
O Sindicato se posicionou contrário à mudança no papel do Bacen, a qual visa privatizar a entidade e colocá-la para trabalhar a serviço da ganância do sistema financeiro.
A finalidade do ato era fazer com que o Banco Central mantenha sua independência perante os bancos, ou seja, não atue de acordo com os interesses dos banqueiros, mas sim de acordo com os interesses da sociedade brasileira.
Bancários de todo pa ís veem a independência do Banco Central com preocupação, pois o Bacen é uma ferramenta que favorece ao controle da sociedade sob a inflação e o sistema financeiro. Quando candidatos defendem essa autonomia, significa jogar para os bancos privados a responsabilidade de regular o sistema.
O ato também serviu como protesto contra a terceirização de serviços prestados pelos bancos, como o que ocorre com a implantação dos correspondentes bancários, autorizada pelo Bacen para ampliar a bancarização. Com salários mais baixos e carga de trabalho superior à dos bancários, os correspondentes realizam atividades das agências em lotéricas, farmácias, supermercados e lojas. Essa modalidade de serviço, que pode facilitar a vida dos clientes, é na verdade uma forma de baratear e transferir serviços para fora das agências.
Fonte: Contraf-CUT

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