Bancários fazem protesto e iniciam negociação salarial

Este 28 de agosto, “;Dia Nacional dos Bancários “;, foi marcado por manifestações promovidas pelo Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, para marcar a data e mobilizar a categoria para a campanha salarial. Na última quarta-feira, dia 27 de agosto, aconteceu a primeira rodada de negociação da pauta de reivindicações da categoria entre o Comando Nacional e a Fenaban, quando foi definido um calendário para os próximos encontros. A manifestação foi marcada pela distribuição de carta-aberta à população, expressando o slogan da campanha salarial: “;Não chora Banqueiro “;. O documento destaca que a luta dos bancários também é dos clientes, explicando que as reivindicações da categoria não se limitem somente às questões financeiras, mas também são voltadas por um melhor atendimento aos clientes e juros mais baixos. A carta também contém os lucros dos bancos no primeiro semestre, mostrando que é o setor que mais lucra no Pa ís. Durante o manifesto, os diretores do Sindicato também carregavam no peito uma chupeta e distribu íram “;chupetinhas “; doces à população. “;Queremos envolver não só o bancário, mas também os clientes nessa nossa luta “;, destaca a presidente do Sindicato, ângela Isabel Ulices Savian. Com data-base em primeiro de setembro, os bancários iniciam as negociações reivindicando 13,23% de reajuste salarial, incluindo a inflação e 5% de aumento real nos salários. A categoria, que soma cerca de 450 mil em todo Pa ís, sendo aproximadamente 1800 na base do Sindicato de Piracicaba, também pede a valorização dos pisos, ampliação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), criação de Plano de Cargos e Salários (PCS) e pagamento de adicional de risco de vida, assim como o fim do assédio moral e das metas abusivas. De acordo com a presidente do Sindicato, os bancários conquistaram a retomada do debate sobre temas importantes que estão pendentes desde a campanha salarial do ano passado. “;Conseguimos definir um calendário que terá mais quatro rodadas no mês de setembro (dias 2, 9, 16 e 23) e a dinâmica das negociações deste ano (por bloco de temas, como no ano passado) “;, conta. Os debates começaram resgatando as pendências sobre a distribuição da 13ª cesta alimentação. “;Defendemos que esse benef ício deve ser distribu ído para todos os bancários e bancárias, inclusive aos afastados, sem estipular tempo ou condição limite. Outra questão pendente que voltou ao debate e integra o tema igualdade de oportunidades, é constar na Convenção a obrigatoriedade de inclusão de parceiros do mesmo sexo nos planos de saúde dos bancos “;, informa. Também ficou estabelecido que o programa de combate ao assédio moral será mencionado na Convenção Coletiva a partir de texto constru ído conjuntamente entre bancários e bancos. Na redação estarão inclu ídas, entre outras, questões importantes para os bancários e pendentes desde o ano passado, como a definição de que o local para o bancário fazer denúncia de assédio moral é o sindicato e não o banco, que o prazo máximo entre a apuração da denúncia e a solução é de 60 dias, e que o programa deve abranger todos os bancários e bancárias e não apenas os gestores, considerando que a solução do problema passa por uma mudança na cultura das empresas. “;Apesar de os bancos reconhecerem a existência do assédio moral nos locais de trabalho, os esforços nas negociações de 2007 não convergiram para um acordo, pois os bancos discordaram de pontos-chave propostos pelos bancários para implementar um programa de combate ao abuso “;, conta ângela. O calendário de negociação, conforme explica a presidente do Sindicato, estabelece para o dia dois de setembro, mesas temáticas, sobre: saúde e condições de trabalho, segurança bancária e igualdade de oportunidades. Já no dia 9, os temas serão emprego, cláusulas sociais e renováveis, enquanto que nas negociações dos dias 16 e 23 as cláusulas econômicas. Vanderlei Zampaulo -; MTb-20.124

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