Bancários de Piracicaba lembram Dia Internacional de Prevenção às LER/Dort

Nesta quinta-feira, 28 de fevereiro, é o Dia Internacional de Prevenção às LER/Dort. As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) constituem-se num dos mais graves problemas de saúde enfrentados pelos trabalhadores nas últimas décadas no Brasil e no mundo.

De acordo com o Ministério da Previdência Social, as LER/Dort atingem todos os setores produtivos, com grande incidência no setor financeiro, agricultura e indústria, sendo verificada também no setor de transporte e na construção civil.

Estudo realizado pela CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários) afiliada à CUT (Central única dos Trabalhadores) informa que a incidência das LER/Dort e das dores na coluna cervical são relatadas em toda a categoria bancária devido ao modelo de organização do trabalho e a forma como são atribu ídas as tarefas.

A dor é crônica, constante e de dif ícil controle. é dessa maneira que vivem muitos bancários. Basta caminhar por uma agência para descobrirmos que o número de bancários afastados ou em recuperação devido a essa doença é alto.

Em Piracicaba, o Sindicato dos Bancários oferece acompanhamento e tratamento com o fisioterapeuta Gustavo Bortolazzo, que integra o Núcleo de Qualidade de Vida do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região.

De acordo com Gustavo, quanto mais rápido for à procura do paciente por tratamento, maiores são as chances de controle. “;A cronicidade é um fator que dificulta o tratamento. Na dúvida o paciente deve procurar aux ílio “;, enfatiza. Infelizmente, pela pressão que o bancário sofre no trabalho acaba postergando a procura por um profissional.

O estudo revela ainda que os fatores que agravam o problema são: tempo de jornada insuficiente para cumprir as tarefas prescritas, resultando em horas extraordinárias, acúmulo de funções e poucos empregados, pausas curtas ou inexistentes em consequência do intensivo ritmo de trabalho; pressão e controle exercidos pelas chefias, máquinas, autenticações, avaliação de desempenho, pressão para cumprimento de prazos e horários em muitas tarefas, pressão de filas, dos clientes e necessidade de manter cordialidade permanente, grande responsabilidade em relação ao dinheiro de terceiros, possibilidade de ser v ítima de fraudes, medo de assalto, limitações das perspectivas de carreira e temor pelo desemprego, principalmente em bancos privados.

Outro fator que comprova porque os bancários têm adoecido são os números de empregados, que a cada ano são reduzidos. Na década de 90 os bancos empregavam em torno de 1 milhão de pessoas, e atualmente são menos de 500 mil. Nos últimos anos ocorreram várias fusões, fechamentos de agências e bancos estatais e privados, também a automação e a terceirização de muitos serviços são resultado dessa grande redução do número de bancários.
Preocupados com essa situação, o Sindicato dos Bancários de Piracicaba e região mantém há nove anos os serviços de fisioterapia (pelo Núcleo de Qualidade de Vida) em sua sede para que a categoria bancária possa controlar esses problemas e ter o amparo merecido.

Fernanda Moraes (28.535)
Sindicato dos Bancários de Piracicaba e região

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