Forte adesão dos bancários de todo o Brasil à paralisação arranca negociação com os bancos para a próxima sexta-feira (9). No primeiro dia, 98% das agências de Piracicaba permaneceram sem atendimento ao público contra a proposta de reajuste de 6,5% e um único abono de R$ 3 mil, apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que representa perda salarial de 2,8% para a categoria. Santa Bárbara D`Oeste, Rio das Pedras e Capivari também aderiram à greve.
“;Neste primeiro dia de luta demos a nossa resposta para a proposta provocativa e desrespeitosa dos banqueiros, que sequer repõe a inflação do per íodo. Esperamos respeito nessa nova rodada de negociações “;, ressalta a presidenta em exerc ício do Sindicato dos Bancários (SindBan), Angela Ulices Savian.
Região -; Em Santa Bárbara D`Oeste, cerca de 93% das agências permaneceram fechadas e em Rio das Pedras, 60%. Já em Capivari, a paralisação foi espontânea, correspondendo a 50% os pontos fechados.
Segundo a presidenta, a expectativa após o feriado é de expansão do movimento. “;A insatisfação é enorme. “;
Altos lucros – O setor financeiro continua o mais lucrativo do pa ís. Os cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) lucraram cerca de 30 bilhões no primeiro semestre de 2016, ainda assim, houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano. Entre 2012 e 2015, o setor já reduziu mais de 34 mil empregos.
Reivindicações -; A categoria tem como principais reivindicações o reajuste salarial de 14,78%, os vales alimentação e refeição no valor do salário m ínimo (R$880), a defesa do emprego, o combate às metas abusivas e ao assédio moral, o fim da terceirização, a defesa das empresas públicas e a manutenção de direitos. A data-base dos bancários é 1º de setembro.