Durante reunião de negociação espec ífica sobre emprego com o banco Itaú, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú cobrou do banco o fim das demissões e mais contratações.
O balanço do banco do primeiro trimestre deste ano revela que, em doze meses, foram eliminados 2.902 postos de trabalho.
Os representantes dos trabalhadores reivindicaram o fim das demissões por justa causa, pois, muitas delas, são reflexo da pol ítica desumana de cobrança de metas e do assédio moral. “;Nesse caso também alertamos as pessoas não pratiquem nem aceitem pressão que inflijam normas do banco que provoquem esse tipo de dispensa “;, afirmou o coordenador da COE do Itaú e diretor da Contraf-CUT, Jair Alves.
A COE também cobrou do banco a necessidade de haver mais contratações de funcionários principalmente nas agências onde existem poucos funcionários com sobrecarga de trabalho, o que compromete o atendimento à população.
De acordo com o secretário de Assuntos Jur ídicos da Contraf-CUT, Mauri Sergio Martins, outro grave problema que vêm afetando os funcionários do Itaú diz respeito ao ponto. “;Muitas denúncias foram feitas por causa de um sistema de controle com rigor excessivo como, por exemplo, casos de bancários que ficam alguns minutos a mais no local de trabalho após assinalar o fim da jornada, fatos que vem causando demissões abusivas “;, pontuou Mauri.
O Itaú ficou de analisar e se posicionar estes casos e outras reivindicações dos trabalhadores, em que recebem advertência por motivos considerados banais. Outra questão que a COE cobrou análise do banco diz respeito à transferência unilateral de bancários para locais distantes de suas residências. Fato que gera transtornos no conv ívio familiar e para quem estuda.
Também foi destacado na reunião a redução no turnover, ocasionando com que muitos trabalhadores sa íssem por pedido de demissão e muitos foram para outros setores por meio do Centro de Realocação.
Na ocasião, o banco apresentou um quadro sobre a pol ítica de aproveitamento interno dos funcionários. A COE do Itaú reivindicou que o Centro de Realocação deve ser aprimorado e ter como objetivo principal o de evitar demissões.