Na última terça-feira (21), durante reunião da comissão paritária do Plano de Cargos e Salários (PCS), em Bras ília (DF), a Caixa Econômica Federal concordou em manter em 2016 as regras da promoção por mérito aplicada no ano anterior. O posicionamento do banco atende às reivindicações das entidades representativas, que viam cobrando a divulgação imediata da sistemática ratificada em mesas de negociações permanentes.
“;A comunicação precisa ser aprimorada, para que todos os empregados passem a ter conhecimento sobre esses critérios o mais rápido poss ível, dispondo assim de mais tempo para buscar a obtenção dos deltas “;, explica Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa). Ela, que também é diretora de Administração e Finanças da Fenae, lembra ainda que a construção da sistemática de promoção por mérito foi uma das conquistas da campanha salarial de 2014.
A representação dos trabalhadores protestou contra o número de deltas por empregado na promoção por mérito aplicada em 2015. O resultado final ficou aquém do esperado: 1,01 por bancário, quando a reivindicação era de pelo menos 1,1 por trabalhador. Outro problema, apontado desde a divulgação dos resultados da sistemática anterior, foi oíndice significativamente alto de bancários com delta zero.
“;Identificamos que o problema foi o critério dos cursos oferecidos pela Universidade Caixa. Em razão da insuficiente quantidade de empregados, não está sendo poss ível fazer as seis horas mensais. Lutaremos para que o Acordo Coletivo seja cumprido em relação a esse direito das seis horas dentro da jornada de trabalho “;, afirma Genésio Cardoso, que integra a comissão paritária e é membro ainda da CEE/Caixa e do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região.
A decisão final sobre a sistemática da promoção por mérito se dará nas próximas rodadas da mesa de negociações permanentes, ainda sem datas definidas.
Histórico
Em 2015, houve a garantia de um delta com 40 pontos, 10 a menos que em 2014. Os critérios objetivos foram assim distribu ídos: 20 pontos pela conclusão de 30 horas anuais de módulos da Universidade Caixa, cinco pontos pela participação no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e 15 pontos para a frequência medida pelo Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon). Também foram considerados critérios subjetivos, com a garantia de até 20 pontos. Houve ainda extra de 10 pontos para iniciativa de autodesenvolvimento.
“;A promoção por mérito é uma das mais relevantes conquistas dos trabalhadores do banco e resultado de um longo processo de negociação “;, lembra Genésio Cardoso, que integra a comissão paritária e é membro ainda da CEE/Caixa e do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. Ele esclarece que esse benef ício foi restabelecido em 2008, depois de mais de 15 anos de sonegação desse direito. “;Na campanha salarial dos bancários, todos os anos, nossa mobilização tem sido decisiva para manter a conquista dos deltas “;, diz.
Fabiana Matheus afirma que a CEE/Caixa, que assessora a Contraf/CUT nas negociações com o banco, defende uma avaliação por múltiplas fontes, que permite ao trabalhador participar ativamente. Segundo ela, esse mecanismo é mais democrático, porque todas as análises possuem peso igual, o que leva a que os empregados avaliem a si próprios, aos colegas e aos gestores, ao mesmo tempo que são avaliados por eles.
Representantes dos empregados
Os representantes dos trabalhadores no GT paritário são Genésio Cardoso (Fetec/PR), Leonardo dos Santos Quadros (Fetec/SP), Gabriel Musso de Almeida Pinto (Feeb/SP-MS), Vanessa Sobreira Pereira (Seeb/DF), Wandeir Souza Severo (Fetec/Centro-Norte) e Túlio Roberto Nogueira (Seeb/CE).