Mesa redonda discute causas e prevenções dos acidentes de trabalho

Dando continuidade aos eventos do Dia Municipal em Memória às V ítimas de Acidentes de Trabalho (28), foi realzada mesa redonda sobre causas e prevenções de acidentes no Salão Nobre, da Câmara de Vereadores de Piracicaba. Organizado pelo mandato do vereador Paiva, Sindicato dos Bancários e Conespi (Conselho das Entidades Sindicais), o evento contou com a participação do Superintendente do Ministério do Trabalho, Luiz Claudio Marcolino. Em Piracicaba, puxado pelo setor metalúrgico, aconteceram 8711 acidentes de trabalho, 1 acidente por hora.

O presidente dos bancários, Paiva, ressaltou que “;a informação é necessária como forma de prevenção aos acidentes de trabalho “;. Além disso, ele afirmou que um dos problemas para a precarização das condições de trabalho são a terceirização e a quarteirização. “O contratante busca melhor preço e esquece do primordial, qualidade e segurança.”

Clarice Bragantini, do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), falou da importância da união do movimento sindical com o Cerest para aux íliar na fiscalização das empresas. “Diretoria do sindicato tem que estar dentro da empresa e nos avisar.” Ela também acrescentou que “;a cada dia estamos enxugando gelo “;, fazendo menção aos incidentes que continuam ocorrendo nas empresas. Ela explicou que a USP (Universidade de São Paulo) e Centro de Referência estão estudando algumas formas para minimizar os problemas.

Milton Costa, do Sindicato da Construção Civil e presidente da ComEmprego, citou questão de sua área. “O problema é a informalidade. O medo do desemprego, também tem gerado problemas. Quem tem o conhecimento nos maltrata, que são os patrões. Denuncia e atitude podem mudar a realidade.”

Já Francisco Pinto Filho (Chiquinho), presidente do Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba), frisou que existem 18 causas para a ocorrência de acidentes “;antes de culpar as v ítimas “;. Ele se mostrou preocupado porque o acesso aos locais dos acidentes “;são dificultados pelas empresas. Como prevenir isso? “;, deixou a indagação no ar.

Dados preocupantes – O superintendente do Ministério do Trabalho, Luiz Claudio Marcolino, trouxe dados preocupantes sobre os acidentes de trabalho no pa ís. “;Foram abertas somente de janeiro a setembro de 2015, 369 mil CAT (Comunicação de Acidentes no Trabalho) “;. Marcolino explicou que a grande incidência dos acidentes abrange trabalhadores na faixa etária dos 25 aos 29 anos e de 30 a 34 anos de idade, “;quando a pessoa está em seu auge produtivo de sua vida laboral “;.

Marcolino comentou que os acidentes de trabalho “;têm de ser encarados como de saúde pública “;. Denunciou que faltam auditores para intensificar a fiscalização principalmente nos setores da construção civil, metal mecânico e elétrico. “;Esse é um dia para a reflexão sobre a gravidade do problema “;.

O Superintendente ainda explicou que a prerrogativa de fiscalizar e autuar é do Ministério do Trabalho, mas que com “ações coletivas com os sindicatos, centros de referência, pode-se contribuir com a diminuição de acidentes.”

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