É greve! E a culpa é dos bancos

O setor mais lucrativo e rentável da economia brasileira leva mais uma vez seus trabalhadores à greve. As instituições bancárias lucraram R$ 36,3 bilhões só no primeiro semestre deste ano. Na manhã dessa terça-feira (6), bancários de todo o pa ís cruzam os braços por tempo indeterminado.

A greve é resposta à rejeitada proposta da federação dos bancos (Fenaban) de 5,5% de reajuste para salários, PLR, vales e aux ílios, valor que não cobre nem ao menos a inflação de 9,88% no per íodo (INPC), e representar perda de 4% para os trabalhadores. Além disso, os bancos não apresentaram nenhum avanço para questões fundamentais da categoria como melhorias nas condições de trabalho, saúde e garantia de emprego. A proposta desse ano é a pior dos últimos anos apresentada pela categoria.

Retrocesso -; Os bancos ressuscitaram a lógica do abono, que era utilizada pelo governo nos anos 90, e ofereceram R$ 2.500 pagos em uma única vez, que não são incorporados aos salários, ou seja, não incidem sobre FGTS, férias ou 13º.

O Comando Nacional dos bancários tentou resolver essas questões durante a campanha Salarial desse ano, mas os bancos foram intransigentes durante todas as mesas de negociações, além disso os bancos utilizaram -; se de uma mesa extra para apresentar a pior proposta dos últimos anos. Mesmo com os lucros crescente de todas as instituições.

Só no primeiro semestre do ano, os resultados das cinco maiores instituições financeiras no pa ís (Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander) somaram R$ 36,3 bilhões, crescimento de 27,3% em relação ao mesmo per íodo de 2014.

Dessa forma, a proposta não tem justificativa. A única explicação é a ganância de um setor que explora seus trabalhadores com sobrecarga e metas abusivas. E que só sabe tirar da sociedade, praticando juros alt íssimos, tarifas excessivas, que chegaram a crescer 169% entre 2013 e 2015, e promovendo desemprego no pa ís. Em oito meses já cortaram 6.003 postos de trabalho (dados do Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

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