Lucro do Bradesco totaliza R$ 6,5 bilhões no 3º tri e banco anuncia fechamento de 450 agências
O Bradesco lucrou R$ 19,2 bilhões nos nove primeiros meses de 2019, um crescimento de 22,3%, em relação ao mesmo per íodo de 2018 e de 1,2% comparado ao trimestre anterior. De acordo com os destaques do Dieese, o retorno sobre o Patrimônio L íquido médio anualizado (ROE) ficou em 20,5%, com aumento de 1,8 pontos percentuais em doze meses. E mesmo assim, o 2º maior banco privado do pa ís anunciou, nesta quinta-feira, 31, que fechará cerca de 450 até 2020.
Depois de fechar 50 agências até setembro, o Bradesco espera encerrar mais 100 unidades ainda este ano. Mais de 300 devem ser descontinuadas em 2020, conforme Lazari. Os fechamentos de agências ocorrerão em todo o Brasil e não há, segundo ele, uma região espec ífica.
Outro fator que pode gerar sobrecarga aos bancários, em nome do lucro, é o recente Plano de Demissão Voluntária (PDV) feito pelo Bradesco. Em todo o Pa ís, 3 mil trabalhadores aderiram ao PDV. “;Os bancários do Bradesco tem sofrido com a sobrecarga desde o PDV realizado em 2017, o qual não teve a reposição do quadro, agora em outubro o Banco novamente reduziu os quadros com outro PDV, e consequentemente a sobrecarga do bancário. Em contrapartida o banco visa levar os clientes para o atendimento digital, mas os clientes precisam da agenciado atendimento presencial do bancário “;, comenta o Presidente do SIndBan, José Antonio Fernandes Paiva.
Lucratividade
A carteira de crédito expandida do banco apresentou crescimento de 10,5% em doze meses e 3,2% no trimestre, atingindo R$ 578,3 bilhões. As operações com pessoas f ísicas (PF) cresceram 19% em relação a setembro de 2018, chegando a R$ 221,4 bilhões. Os destaques para PF foram o crédito pessoal (+36,2%), o crédito consignado (+24,1%), CDC/leasing ve ículos (+21,4%) e o financiamento imobiliário (+15,9%). Já as operações com pessoas jur ídicas (PJ) alcançaram R$ 356,9 bilhões, com crescimento de 5,8% em doze meses. O segmento de grandes empresas cresceu 4,8%, enquanto a carteira de micro, pequenas e médias empresas cresceu 8,3%. Oíndice de inadimplência superior a 90 dias, em doze meses, manteve-se estável, ficando em 3,6%. As despesas com devedores duvidosos (PDD), por sua vez, ca íram 2,7%, totalizando R$ 13,4 bilhões.
A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 6,8% em doze meses, totalizando R$ 19,8 bilhões. As despesas de pessoal também cresceram no per íodo (10,4%) atingindo R$ 16,2 bilhões. Segundo o banco, o crescimento das despesas de pessoal “;está relacionado aos efeitos do acordo coletivo de 2018/2019 (reajuste de 4,31%), à evolução do quadro de funcionários, alocados, principalmente, nas áreas de negócios, a concessão de um programa de remuneração variável nas redes de agência, maiores despesas com treinamento e a alta da provisão para processos trabalhistas “;. Assim, a cobertura destas despesas pelas receitas secundárias do banco, no per íodo, foi de 121,6%. A holding encerrou setembro de 2019 com 99.272 empregados, com aumento de 1.113 postos de trabalho em doze meses. No per íodo, foram fechadas 85 agências.