Na contramão da economia, bancos cortam 3.746 empregos no 1º semestre

Os bancos fecharam 3.746 empregos no primeiro semestre de 2014. Enquanto os bancos privados e o Banco do Brasil eliminaram postos de trabalho, a Caixa Econômica Federal abriu 1.649 novas vagas no mesmo per íodo, o que impediu um desempenho ainda pior para o setor financeiro, que tem sido o mais lucrativo do pa ís.
A extinção de postos de trabalho nos bancos contrasta com os números da economia brasileira, que gerou 588.671 novos empregos formais nos primeiros seis meses do ano.
Os dados são da Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) divulgada nesta sexta-feira, 18, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que faz o estudo em parceria com o Dieese, com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
De acordo com o levantamento, além do corte de vagas, a rotatividade seguiu elevada no per íodo. Os bancos brasileiros contrataram 16.713 funcionários e desligaram 20.459.
No total, 20 estados apresentaram saldos negativos de emprego no primeiro semestre. As maiores reduções ocorreram em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com 1.612, 608, 436 e 395 cortes, respectivamente. O estado com maior saldo positivo foi o Pará, com geração de 142 novas vagas.
ROTATIVIDADE -; A pesquisa mostra também que o salário médio dos admitidos pelos bancos nos primeiros seis meses do ano foi de R$ 3.283,30 contra o salário médio de R$ 5.208,94 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio equivalente a 63% da remuneração dos que sa íram.
DESIGUALDADE -; A pesquisa mostra também que as mulheres, ainda que representem metade da categoria, permanecem sendo discriminadas pelos bancos na sua remuneração, ganhando menos do que os homens quando são contratadas. Essa desigualdade continua ao longo da carreira, pois a remuneração das mulheres é bem inferior à dos homens no momento em que são desligadas dos seus postos de trabalho.
Enquanto a média dos salários dos homens na admissão foi de R$ 3.753,98 no primeiro semestre, a remuneração das mulheres ficou em R$ 2.805,40, valor que representa 74,7% da remuneração de contratação dos homens.
Já a média dos salários dos homens no desligamento foi de R$ 5.981,89 no per íodo, enquanto a remuneração das mulheres foi de R$ 4.385,35. Isso significa que o salário médio das mulheres no desligamento equivale a 73,3% da remuneração dos homens.
Fonte: Contraf-CUT com Dieese

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