O sistema financeiro fechou 1.024 postos de trabalho em janeiro de 2014. O número só não foi maior porque a Caixa Econômica Federal criou 521 vagas no mesmo per íodo. A redução de empregos anda na contramão do conjunto da economia do pa ís, que gerou 29.595 novos postos de trabalho no primeiro mês do ano.
Os dados constam na Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) divulgada nesta quarta-feira, 26, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que faz o estudo em parceria com o Dieese, com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Segundo o estudo, os bancos brasileiros contrataram 2.613 funcionários em janeiro e desligaram 3.637. Vinte Estados apresentaram saldos negativos de emprego. Os maiores cortes ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com 278, 177 e 114 cortes, respectivamente.
ROTATIVIDADE DIMINUI SALáRIOS
A pesquisa mostra que o salário médio dos admitidos pelos bancos em janeiro foi de R$ 3.443,22 contra o salário médio de R$ 5.407,07 dos desligados. Ou seja, os trabalhadores que entram no sistema financeiro recebem remuneração 36,3% inferior à dos que saem.
MAIOR CONCENTRAçãO DE RENDA NOS BANCOS
No Brasil, os 10% mais ricos no pa ís, segundo estudo do Dieese com base no Censo de 2010, têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais carente da população teria que reunir tudo o que ganha durante 3,3 anos para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico.
Para se ter uma ideia, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos, o caixa do Santander 10 anos e o do Bradesco 9 anos.
Fonte: Contraf-CUT com Dieese
Bancos cortam 1.024 empregos em janeiro e rotatividade reduz salários
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