Contraf-CUT discute demissões do Santander com MTE no dia 12

A Contraf-CUT, federações e sindicatos se reúnem na próxima quinta-feira, 12, às 11h30, com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias Nascimento Melo, em Bras ília, para discutir os problemas de emprego no Santander. O encontro foi agendado pelo movimento sindical, procurando apoio do poder público para construir soluções.
ROTATIVIDADE E CORTE DE EMPREGOS -; Apesar do lucro l íquido de R$ 4,3 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, o banco espanhol demitiu milhares de trabalhadores e extinguiu 3.414 empregos no mesmo per íodo. Apenas no terceiro trimestre, a instituição eliminou 1.124 postos de trabalho.
Nos últimos 12 meses, a redução alcançou 4.542 vagas, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários que ficou em 50.578 em setembro, segundo análise do Dieese.
DEMISSõES EM MASSA -; Há exatamente um ano, os bancários estiveram no MTE denunciando a ocorrência de demissões em massa no Santander. Embora negadas pelo banco, elas acabaram sendo confirmadas após a entrega dos dados do Caged pelo banco ao Ministério Público do Trabalho (MPT). A instituição dispensou 1.175 funcionários sem justa causa em dezembro, o que provocou a extinção de 975 vagas.
Este ano, conforme os balanços trimestrais publicados, o fechamento de postos de trabalho foi permanente e muito maior, extinguindo 3.414 empregos até setembro. O Santander é hoje o banco que mais está demitindo no Brasil, superando o Itaú.
CONDIçõES PRECáRIAS DE TRABALHO -; Segundo funcionários, com tantas demissões, faltam caixas e coordenadores na rede de agências, provocando sobrecarga de serviços, desvio de função, assédio moral, estresse, insegurança e adoecimento de bancários, piorando as condições de trabalho e prejudicando a qualidade de atendimento aos clientes.
HOMOLOGAçõES COM PREPOSTOS TERCEIRIZADOS -; Com a falta de pessoal na rede de agências e para reduzir custos, o banco deixou de enviar funcionários do banco como prepostos nas homologações junto à maioria dos sindicatos, passando a utilizar terceirizados.
A medida tem sido rejeitada pelas entidades sindicais, uma vez que a admissão e o desligamento são atividades-fim das empresas, não cabendo a terceirização.
MILHõES PARA EXECUTIVOS -; Enquanto milhares de trabalhadores e trabalhadoras perdem seus empregos, altos executivos do banco ganham milhões de reais por ano.
Cada diretor do Santander embolsou, em média, R$ 5,62 milhões no ano passado, o que significa 119,2 vezes o salário de um caixa do banco, segundo estudo do Dieese. Para ganhar a remuneração mensal de um executivo, esse caixa tem que trabalhar dez anos no banco, o que é um absurdo.
Fonte: Contraf-CUT

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