O projeto de horário estendido, também conhecido como “;corredor “;, implantado pelo Itaú em agências de todo o pa ís, esteve em discussão ontem (28) em reunião realizada na sede da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS). Os representantes do banco, Marcelo Orticelli, diretor de RH e Marco Aurélio, superintendente de relações sindicais, ouviram dos dirigentes queixas relacionadas ao programa, que tem causado vários transtornos à vida dos bancários.
A representação reafirmou que é contra o projeto. “;A proposta histórica do movimento sindical prevê a abertura das agências das 9h às 17h, com dois turnos, o que vai gerar mais emprego e qualidade de vida ao bancário “;, disse o representante da Federação na COE, Mauri Sérgio.
Após cobrança do movimento, o banco concordou em fazer ajustes pontuais e assegurou que os funcionários prejudicados com a mudança podem ser transferidos para outras unidades com horário convencional.
Relativo à abrangência, o que o escopo do projeto prevê é que 450 agências de todo o pa ís operem com horários diferenciados. Marco Aurélio, no entanto, afirma que podem ter mais e que isso irá depender dos resultados comerciais.
Entre as preocupações da categoria com essa nova postura do Itaú, estão a questão da segurança bancária e o respeito à jornada do bancário. “;Queremos a garantia de que a jornada seja respeitada. Somos contra o projeto, mas como ele já foi implantado, o banco precisa nos certificar de que não teremos gerente operacional abrindo e fechando agências e demais funcionários excedendo as horas de trabalho “;, enfatiza o secretário-geral da Feeb-SP/MS, Jeferson Boava.
Os sindicatos criticaram a falta de comunicação com as entidades quando da implantação do horário estendido. O superintendente Marco Aurélio assumiu que houve essa falha e que agora buscam ouvir a categoria e aperfeiçoar o projeto.
Temas como fim das demissões, metas abusivas, saúde, transferência de funcionários -; de agência e de cargos, entre outros, também foram abordados. Sobre as metas, Marcelo Orticelli afirmou que elas têm de existir, mas que devem ser alcançáveis e que o assunto que tem sido discutido internamente. Relativo à transferência, comprometeu-se a levantar os critérios e “;volume “; já que a representação reclamou que elas têm sido maiores e mais frequentes, e levar à área responsável.
Fonte: Feeb (SP/MS)