A greve nacional dos bancários entrou na segunda semana da mesma forma que terminou a primeira: crescendo em todo o pa ís. Nesta segunda-feira 24, sétimo dia da paralisação, foram fechadas 9.386 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e no Distrito Federal, segundo informações enviadas à Contraf-CUT até as 20h30 pelos 137 sindicatos e dez federações que são representados pelo Comando Nacional dos Bancários. Na sexta-feira 21, haviam sido paralisadas 9.092 unidades no Brasil inteiro.
“A cada dia que passa, aumenta a indignação dos bancários com o silêncio dos bancos em retomar as negociações com o Comando Nacional e apresentar uma nova proposta que contemple as reivindicações da categoria”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
Os bancários reivindicam reajuste de 10,25% (aumento real de 5%), valorização do piso, melhoria da PLR, mais saúde e melhores condições de trabalho, mais contratações e fim da rotatividade, mais segurança e igualdade de oportunidades. A Fenaban propôs um reajuste de 6% (aumento real de 0,58%), rejeitado pelas assembleias dos bancários em todo pa ís.
O Comando Nacional se reuniu na última sexta-feira, em São Paulo, para avaliar a paralisação nacional, colocando-se à disposição dos bancos para a retomada das negociações. “A Fenaban ignorou o gesto e perdeu uma boa oportunidade para reabrir o diálogo. A resposta foi a intensificação das paralisações em todo Brasil”, destaca Cordeiro.
As principais reivindicações dos bancários
– Reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%).
– Piso salarial de R$ 2.416,38.
– PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
– Plano de Cargos e Salários para todos os bancários.
– Elevação para R$ 622 os valores do aux ílio-refeição, da cesta-alimentação, do aux ílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º aux ílio-refeição.
– Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade.
– Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral
– Mais segurança
– Igualdade de oportunidades.
Fonte: Contraf-CUT com sindicatos e federações