Na manhã de hoje, 25, os diretores do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, que representam os bancários do Santander estiveram reunidos para expor o resultado do encontro realizado ontem em São Paulo, em que se discutiu a real situação de trabalho nas agências da instituição e, ainda, sobre as especulações de uma poss ível venda do banco devido à crise da matriz espanhola.
Durante o encontro de ontem, representantes da Contraf-CUT, federações e sindicatos dos bancários cobraram do grupo Santander a proibição da exposição do ranking individual dos funcionários, durante reunião acerca das condições de trabalho na rede de agências em todo Pa ís.
De acordo com as diretoras do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, ângela Savian e Claudia Graziela Lopes Fernandes, os dirigentes sindicais reiteraram que o banco não está cumprindo a cláusula 35ª da convenção coletiva dos bancários sobre monitoramento de resultados, uma vez que os dados sobre o super-ranking individual podem ser acessados.
“Os representantes do banco responderam que haverá em breve mudanças no sistema das agências, em que apenas gerentes gerais e regionais terão acesso ao desempenho dos funcionários”, afirma ângela.
Metas abusivas – Os dirigentes sindicais reclamaram das reuniões diárias nas agências que continuam acontecendo para a cobrança do cumprimento de metas individuais e abusivas, que geram pressão, estresse e assédio moral. O banco informou que a orientação aos gestores é que os encontros devem ser rápidos, apenas para orientação de estratégias.
Outra cobrança dos bancários foi a posição do banco sobre a venda de produtos feita por funcionários com função de caixa. “Quem é caixa não pode ser obrigado a vender. Obviamente, o banco deve aproveitar trabalhadores com esse perfil, valorizar suas qualidades, sem assediá-los moralmente para executar venda de produtos”, alerta Cláudia. O banco afirmou que os caixas não podem ser avaliados pela sua performance.
Sobrecarga de trabalho – As entidades sindicais também se queixaram da sobrecarga de trabalho, que vem gerando problemas em diversas áreas. “Existe acúmulo de função, discrepância entre cargos e salários e muito trabalho para poucos funcionários. Todos os problemas podem ser amenizados com mais contratações”, ressalta ângela.
Venda responsável de produtos – “Cobramos ainda a assinatura de um acordo por venda responsável de produtos bancários. Se o banco já tem esse compromisso na Europa, não há motivo para não acordar também no Brasil, assumindo uma responsabilidade social com seus clientes e trabalhadores”, destaca ângela.
Outros assuntos da pauta, como a jornada fora do local de trabalho, a abertura de contas universitárias e os desvios de função, não foram debatidos, mas serão discutidos na próxima reunião com o banco, ainda sem data definida.
Fernanda Moraes (MTB 28.535) com Contraf-CUT e Seeb São Paulo
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