Em audiência realizada na última quarta-feira, 23, no Ministério Público do Trabalho da Procuradoria Regional do Trabalho 15ª. Região, em Campinas, o procurador Mario Antônio Gomes determinou prazo de dez dias para que o banco Santander apresente esclarecimento sobre a jornada extra de trabalho realizada por parte dos funcionários do banco.
Estiveram na audiência os diretores do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região ângela Savian e José Jaime Perim, e um representante legal do Santander. Durante a audiência, o promotor ressaltou que vai analisar a possibilidade de um acordo entre as partes e no caso da recusa do banco, será instaurado uma ação civil pública contra o procedimento adotado pela instituição bancária.
De acordo com Perim, desde o mês de fevereiro deste ano, alguns funcionários das agências de Piracicaba e região têm sido escalados para trabalhar faculdades e universidades, no intuito de vender produtos do banco. “;Eles fazem a jornada normal de trabalho, das 9h às 18h e depois algumas equipes são obrigadas a fazerem turnos das 19h às 21h ou das 20h às 22h. Além dessa jornada extra, esses bancários trabalham sem condições alguma de segurança e ergonomia “;, ressalta.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba, José Antonio Fernandes Paiva, disse que as faculdades não são locais adequados para a venda de produtos bancários, uma vez que as pessoas que frequentam esses espaços estão em busca de conhecimentos e não de tais produtos. “;Além disso, esses bancários estão trabalhando sem condições de segurança, pois o serviço é realizado em horário fora do expediente e sem as normas de ergonomia estabelecidas pelo Ministério do Trabalho “;, salienta.
Fernanda Moraes
Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região
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