Brasilprev, braço de previdência do BB, chegou a encostar-se ao l íder Bradesco em arrecadação, mas acabou perdendo a posição de vice.
A disputa pelas primeiras posições do mercado de previdência privada aberta está cada vez mais acirrada. No mais recente levantamento divulgado pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), a Brasilprev perdeu a vice liderança em arrecadação de planos de previdência para o Itaú.
Em março, o braço de previdência privada do Banco do Brasil (BB) chegou a encostar-se ao l íder Bradesco em participação de mercado – a diferença entre ambos chegou a ser de apenas 0,5 pontos percentual (p.p.). Desde então, a companhia se distanciou do Bradesco e tem alternado a segunda posição com o Itaú.
“Essa concorrência entre os principais agentes de mercado é esperada”, diz André Camargo, superintendente de gestão estratégica da Brasilprev.
Apesar de representar um avanço da concorrência, o executivo afirma que a liderança em arrecadação não é o objetivo principal da empresa.
“é claro que estamos atentos às oscilações de mercado, mas nosso foco é manter a liderança em captação l íquida (depósitos menos regastes) este ano, de forma a avançarmos em ativos.”
Osvaldo do Nascimento, diretor-executivo de produtos de investimento e previdência do Itaú Unibanco, atribui o avanço apresentado pela empresa nos últimos às alterações promovidas no processo de venda de produtos de investimento. Hoje, o Itaú analisa o perfil do cliente (processo conhecido como suitability) e indica o melhor produto de acordo com objetivos e prazos de resgate.
“é natural que, se o horizonte de investimento é de longo prazo, planos de previdência sejam os mais adequados. Queremos vender soluções de investimento e não produtos de previdência” aponta. Para Nascimento, mais importante que o avanço em arrecadação é a evolução das reservas (ativos sob gestão).
R$ 100 bilhões na liderança
Enquanto a disputa na vice liderança é feita cabeça a cabeça por Itaú e Brasilprev, a Bradesco Vida e Previdência se mantém l íder absoluta em arrecadação de planos de previdência, segundo levantamento mensal da Fenaprevi. Em julho, a participação de mercado era de 31,2%, seguida pela Itaú Vida e Previdência (25,5%) e Brasilprev (19,9%).
A companhia também é l íder em ativos sob gestão, com R$ 80 bilhões.
“Queremos chegar ao final do ano com R$ 100 bilhões em ativos sob gestão”, afirma Lúcio Flávio de Oliveira, diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência.
“Para nós, o mercado de previdência privada não representa modismo ou oportunidade. é o nosso negócio.”
Independente das oscilações observadas no ranking, todos os executivos concordam em um ponto: as perspectivas de crescimento são positivas.
“Atuamos em um mercado aquecido, onde todos os participantes têm potencial de crescimento”, diz Camargo, da Brasilprev.
A expectativa da indústria de previdência privada é atingir R$ 1 trilhão em ativos sob gestão até 2018, montante hoje em R$ 246,6 bilhões.
Fonte: Brasil Econômico
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