O Comando Nacional dos Bancários decidiu orientar os sindicatos de todo o pa ís a fortalecer e ampliar ainda mais a greve nacional da categoria, durante reunião ocorrida nesta terça-feira, 11, em São Paulo. A paralisação, que completa 15 dias e é a maior dos últimos 20 anos, já ultrapassou o total de 9 mil agências e vários centros administrativos fechados de bancos públicos e privados em todo o pa ís.
O Comando Nacional dos Bancários solicitará audiência com a presidenta Dilma Rousseff para cobrar empenho do governo federal na construção de uma solução para a greve. Outra solicitação de audiência será encaminhada ao presidente da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Murilo Portugal. “;Queremos a retomada imediata das negociações com a apresentação de uma proposta decente para os bancários “;, declara o presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e região, José Antonio Fernandes Paiva.
“;Acreditamos que os bancos públicos que também fazem parte da Fenaban podem assumir um papel fundamental na construção de uma proposta que seja decente para a categoria “;, ressalta Paiva. Os bancários também querem discutir com Dilma o papel dos bancos no Brasil e propor a realização de uma Conferência Nacional sobre o Sistema Financeiro.
Os bancários reivindicam 12,8% de aumento o que significaria 5% de aumento real, já que a inflação projetada pelo INPC é de 7,39%. A proposta da Fenaban é de 8% o que significaria 0,56% de aumento real, uma proposta considerada insuficiente pela categoria.
Os bancos brasileiros são os que mais lucram na América Latina, mas pagam um piso salarial menor do que o recebido por argentinos e uruguaios, porém pagam bônus muito maiores para seus altos executivos. O salário de ingresso nos bancos no Brasil em agosto de 2010 era equivalente a US$ 735, mais baixo o dos uruguaios (US$ 1.039) e quase metade do recebido pelos argentinos (US$ 1.432).
A Contraf-CUT remeterá também cartas aos presidentes dos seis maiores bancos do pa ís e que participam da mesa de negociações da Fenaban (Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, HSBC, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), além do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Banco da Amazônia, cobrando a responsabilidade de cada instituição na retomada do diálogo para construir uma proposta para as questões gerais dos bancários, bem como para as mesas espec íficas.
Fonte: Contraf-CUT
Comando quer audiência com Dilma e Murilo Portugal sobre impasse da greve
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