Lucro do Santander no Brasil é de R$ 7,3 bilhões e 25% do resultado mundial

O Brasil ultrapassou a Espanha e se tornou o principal mercado do Santander, com um quarto do resultado mundial do banco espanhol. Segundo o balanço divulgado nesta quinta-feira 3, o Santander obteve lucro l íquido recorde de R$ 7,382 bilhões em 2010 no pa ís, um aumento de 34% em relação a 2009, quando registrou R$ 5,508 bilhões.
Esse resultado do banco no Brasil representa 25% do lucro l íquido mundial (contra 20% em 2009), que foi de 8,181 bilhões de euros – uma queda de 8,5% em relação ao ano anterior. A participação da Espanha no lucro do Santander caiu de 26% em 2009 para 15% no ano passado. Parte desse recuo se deve à exigência das autoridades monetárias espanholas de obrigar o banco, em razão da crise no mercado imobiliário, a ampliar para 17 bilhões de euros as provisões para devedores duvidosos.
A América Latina foi responsável por 43% do total do lucro do Santander em 2010 -; 4,804 bilhões de euros. O resultado foi 25% maior que o de 2009. No subcontinente latino-americano, o crédito aumentou 30% e os depósitos 28%, em euros. Também foi expressivo o resultado de 38% do lucro total registrado no Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha. Espanha e Portugal juntos representam 19% do lucro.
Na Europa como um todo, o lucro alcançou 3,885 bilhões de euros, uma queda de 23%, enquanto o crédito cresceu 1% e os depósitos, 25%. A Sovereign, filial americana do Santander, obteve lucro de US$ 561 milhões, frente às perdas de US$ 35 milhões de 2009.
No Brasil, o patrimônio l íquido do Santander em dezembro de 2010 somou R$ 43,563 bilhões, ante R$ 28,496 bilhões no mesmo per íodo de 2009. A carteira de crédito atingiu um total do banco de R$ 168,232 bilhões, ante R$ 141,624 bilhões em 2009. Na comparação com dezembro de 2009, houve crescimento de 18,8%. A inadimplência acima de 90 dias, por sua vez, caiu para 3,9%, ante 4,2% ao final do terceiro trimestre e 5,9% há um ano.
“Apesar do aumento expressivo do lucro no Brasil, em razão do desempenho dos bancários, que o próprio Santander admite no comunicado oficial desta quarta-feira, superando pela primeira vez a Espanha, a direção do banco espanhol continua desrespeitando os trabalhadores brasileiros, como mostra a decisão autoritária de fazer eleições antidemocráticas para a escolha dos representantes dos participantes no SantanderPrevi”, critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
“Com a publicação do balanço, o Santander não tem motivos para não fazer o quanto antes o pagamento da segunda parcela da PLR dos trabalhadores. A Contraf-Cut enviou of ício ao Santander nesta quarta-feira 2, assim como aos demais bancos, solicitando que informe o valor e a data do depósito da PLR para cada bancário”, acrescenta Carlos Cordeiro.

Fonte: Contraf-Cut, com El Pa ís, UOL e Terra

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