Sem acordo na mesa de negociação, o Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região transferiu a assembléia que aconteceria na noite desta segunda-feira, dia 20 de outubro, para às 8h30, desta terça-feira, no Clube Coronel Barbosa, com a finalidade de avaliar o que os banqueiros irão apresentar. Os bancários de Piracicaba, que entram nesta terça-feira, dia 21, no seu 14º dia consecutivo de greve, tomaram as ruas centrais da cidade, nesta segunda-feira, em passeata realizada no per íodo da manhã, com muito barulho, provocado por apitos e cornetas. A passeata, que saiu de frente da Catedral de Santo Antonio, percorreu as ruas Boa Morte, Rangel Pestana, Governador Pedro de Toledo, 13 de Maio, Santo Antonio, retornando à Praça José Bonifácio, onde foi realizado ato público, em frente à agência do Itaú. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, José Antonio Fernandes Paiva, a passeata teve a finalidade de mostrar à sociedade os motivos que levaram à categoria a deflagrar a greve e a manter o movimento até agora. “;Agradecemos a população pela compreensão do nosso movimento, que não é contra os clientes, mas contra os banqueiros “;, disse. Em seguida, Paiva viajou a São Paulo, para acompanhar as negociações do Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban. A expectativa da direção do Sindicato local é de que a Fenaban apresente uma contraproposta, o que não havia ocorrido até as 20h30 minutos desta segunda-feira. Paiva diz que para a greve terminar só depende da Fenaban, que apresente uma contraproposta que atenda aos anseios dos bancários. Os bancários deflagraram greve em Piracicaba no dia oito de outubro, em função de os banqueiros não apresentarem contraproposta à categoria. As negociações só foram retomadas na última quinta-feira, mas a contraproposta apresentada pela Fenaban foi considerada insuficiente. REIVINDICAçãO — Os bancários reivindicam 13,23% de reajuste salarial, assim como também pedem a valorização dos pisos, ampliação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), criação de Plano de Cargos e Salários (PCS), assim como o fim do assédio moral e das metas abusivas; vale-alimentação de R$ 415,00 (mesmo valor do salário m ínimo); vale-refeição de R$ 17,00 por dia trabalhado, e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) -; três salários mais valor fixo de R$ 3.500,00 sem teto, nem limitador, além de aux ílio-creche de R$ 415,00. Até agora, os bancários rejeitaram contraproposta de 9% de reajuste nos pisos; 9% de reajuste para salários até R$ 1.500,00; 7,5% de reajuste para salários acima de R$ 1.500,00; 9% de reajuste na parcela fixa da PLR; 9% de reajuste no teto da parcela adicional da PLR; 9% de reajuste na Gratificação de Caixa; 7,5% de reajuste para todos os demais benef ícios (aux ílio refeição/alimentação; 13ª cesta alimentação; aux ílio creche/babá). Vanderlei Zampaulo -; MTb-20.124
Banqueiros não apresentem proposta e bancários transferem assembléia
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