Em passeata, bancários tomam as ruas de Piracicaba e mantém greve

Os bancários de Piracicaba, que entraram nesta segunda-feira, 20 de outubro, no 13º dia consecutivo de greve, tomaram as ruas centrais da cidade em passeata realizada no per íodo da manhã. Os bancários voltam a negociar às 16 horas, com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), em São Paulo, e às 19h30, realizam nova assembléia, no Clube Coronel Barbosa, para avaliar poss íveis contraproposta. A passeata, com muito barulho, provocado por apitos e cornetas, saiu de frente da Catedral de Santo Antonio, percorreu as ruas Boa Morte, Rangel Pestana, Governador Pedro de Toledo, 13 de Maio, Santo Antonio, retornando à Praça José Bonifácio, onde foi realizado ato público, em frente à agência do Itaú, como explicou o presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, José Antonio Fernandes Paiva, teve a finalidade de mostrar à sociedade os motivos que levaram à categoria a deflagrar a greve e a manter o movimento até agora. “;Agradecemos a população pela compreensão do nosso movimento, que não é contra os clientes, mas contra os banqueiros “;, disse. Paiva também acusou o Bradesco pelo movimento se arrastar até agora, uma vez que pressionou os seus funcionários e não aderiu plenamente à greve. “;Se o Bradesco tivesse na greve, o movimento não duraria mais do que dois dias “;, disse. A passeata, em que bancários carregaram cartazes e faixas, mostrando publicamente o descontentamento com a posição dos banqueiros na mesa de negociação, foi acompanhada também por sindicalistas ligados ao Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba). Populares também pararam para assistir ao movimento. Os bancários deflagraram greve em Piracicaba no dia quatro de outubro, em função de os banqueiros não apresentarem contraproposta à categoria. As negociações só foram retomadas na última quinta-feira, mas a contraproposta apresentada pela Fenaban foi considerada insuficiente. NEGOCIAçãO -; Logo após a passeata, Paiva viajaria a São Paulo, a fim de acompanhar as negociações do Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban. Os bancários reivindicam 13,23% de reajuste salarial, assim como também pedem a valorização dos pisos, ampliação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), criação de Plano de Cargos e Salários (PCS), assim como o fim do assédio moral e das metas abusivas; vale-alimentação de R$ 415,00 (mesmo valor do salário m ínimo); vale-refeição de R$ 17,00 por dia trabalhado, e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) -; três salários mais valor fixo de R$ 3.500,00 sem teto, nem limitador, além de aux ílio-creche de R$ 415,00. Até agora, os bancários rejeitaram contraproposta de 9% de reajuste nos pisos; 9% de reajuste para salários até R$ 1.500,00; 7,5% de reajuste para salários acima de R$ 1.500,00; 9% de reajuste na parcela fixa da PLR; 9% de reajuste no teto da parcela adicional da PLR; 9% de reajuste na Gratificação de Caixa; 7,5% de reajuste para todos os demais benef ícios (aux ílio refeição/alimentação; 13ª cesta alimentação; aux ílio creche/babá). Vanderlei Zampaulo -; MTb-20.124

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