Banco do Brasil propõe migração para PREVI e CASSI

Proposta traz avanços importantes, mas gera questionamentos

Em reunião realizada na terça-feira (30), o Banco do Brasil apresentou à Contraf e a representantes sindicais uma proposta de migração dos planos de saúde e previdência dos funcionários que vieram dos bancos incorporados BNC, BESC e BEP.

A ideia do BB é transferir a gestão dos planos que hoje são administrados pela PREVIBEP, FUSESC e ECONOMOS para a PREVI, mantendo as regras específicas de cada um. É um passo importante e atende a uma antiga reivindicação dos trabalhadores, mas ainda faltam definições sobre prazos e como tudo isso vai funcionar na prática.

Sobre a assistência à saúde, o Banco disse que, depois de concluir a revisão do modelo de custeio da CASSI, os empregados poderão migrar para o plano de associados. Porém, essa mudança vai depender das regras que forem definidas no novo estatuto da CASSI — que ainda está em discussão — e não há garantias de que o direito ao pós-laboral (aquele plano para depois da aposentadoria) será mantido para todos. Hoje, esse direito só é garantido a quem entrou no BB até 2018.

Para o diretor do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, Lucas Passos de Lima, “a proposta apresentada pelo banco atende parcialmente às demandas do movimento sindical, mas ainda levanta muitas dúvidas e precisa ser detalhada com mais clareza”, reforça Lucas.

Desde que os bancos foram incorporados, lá em 2009, muitos funcionários se aposentaram como empregados do BB, mas nunca puderam entrar na CASSI — o que é um problema, já que eles seguiram as regras do BB, mas ficaram de fora da assistência à saúde oferecida aos demais. E essa proposta nova, continua excluindo esses aposentados, o que reacende a discussão sobre justiça e igualdade no acesso à saúde.

No fim da reunião, o Banco se comprometeu a seguir conversando com a Contraf e os sindicatos para acompanhar de perto os próximos passos e seguir negociando.

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