A mobilização em defesa do Saúde Caixa, o plano de saúde dos empregados da CEF, foi um dos destaques da atuação do SindBan na segunda quinzena de outubro. Na segunda-feira, dia 30, os diretores da entidade visitaram agências do banco em seis cidades da região para apresentar informações sobre o tema e pressionar o banco pela retomada das negociações.
“A pressão deu resultado, e na quarta-feira já tivemos uma nova rodada de conversas entre a direção da Caixa e o Comando Nacional dos Bancários, inclusive com alguns avanços importantes”, informa o presidente do Sindicato, José Antonio Fernandes Paiva. Segundo ele, essa ação mais forte das entidades sindicais é decisiva para garantir o plano nas bases atuais.
O Saúde Caixa está organizado a partir de premissas que garantem a sua sustentabilidade, qualidade e a viabilidade de pagamento por parte dos trabalhadores. Entre estes princípios estão a solidariedade e o pacto intergeracional.
Os sindicatos também reivindicam o fim do teto de 6,5%, previsto no estatuto do banco desde 2017, no governo Temer, que compromete a sustentabilidade do plano; a manutenção dos 70/30 da coparticipação (70% para a Caixa e 30% para os empregados), e a melhoria da rede credenciada.
“Nós queremos a continuidade do atendimento de saúde com qualidade e a um preço que possa ser pago pelo trabalhador. A saúde e a qualidade de vida são prioridades nossas e vamos lutar para que não haja retrocessos na Caixa”, explica Paiva.
O acordo que garante o funcionamento do plano de saúde nos moldes atuais tem validade somente até dezembro, por isso a necessidade de que seja renovado. “Com as mobilizações que realizamos neste mês de outubro, a direção do banco entendeu que precisa negociar e agora começamos a ver avanços, graças ao trabalho dos sindicatos e à participação efetiva dos colegas da Caixa”, ressalta.
No encontro da última quarta-feira, com a participação de representantes da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), da Feeb-SPMS (Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul), o banco se dispôs a resolver o déficit de 2023 usando as reservas técnicas e de contingência e se comprometeu a incorporar toda a despesa de pessoal deste ano, o que na visão dos sindicatos já avança e permite agora conversar sobre as medidas a serem tomadas a partir de 2024.
Uma nova rodada de negociação deverá acontecer nesta semana e os sindicatos esperam que a Caixa apresente uma proposta que possa ser levada aos trabalhadores em assembleia. “Nós trabalhamos para conseguir fechar um acordo até o final de novembro, já que o acordo vigente vale só até o final deste ano”, finaliza Paiva.