O Banco do Brasil obteve lucro l íquido ajustado de R$ 3,39 bilhões no primeiro trimestre de 2020. A rentabilidade (retorno sobre o patrimônio l íquido -; RPSL) do banco em 12 meses ficou em 10,5%.
Segundo o banco, se destacam no resultado o aumento de 32,9% das provisões para devedores duvidosos (PDD), especialmente no setor de crédito para pessoa f ísica, e o crescimento da margem financeira bruta (+9,90% nos últimos 12 meses).
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 4% em um ano, alcançando R$ 7,06 bilhões, enquanto, as despesas com pessoal, incluindo o pagamento da PLR, ca íram 1,46% no mesmo per íodo, totalizando R$ 5,67 bilhões. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 124,48% nos três primeiros meses de 2020, um crescimento de 5,55 pontos percentuais com relação ao 1º trimestre de 2019.
Tarifas X qualidade de atendimento – Ao final de março, o BB contava com 92.757 funcionários, com fechamento de 3.810 postos de trabalho em 12 meses. Desde o 1º trimestre de 2019 foram fechadas 348 agências e 27 postos de atendimento bancário.
Ao aumentar suas arrecadações com tarifas e prestação de serviços o banco age como um banco privado e prejudica seus clientes. Além disso, não dá a devida contrapartida, pois reduz o número de funcionários e de agências, afetando a qualidade do atendimento.
Mais do que arrecadar, um banco público deveria estar preocupado em atender bem o público, aumentar a bancarização da população e permitir que todos tenham acesso aos serviços bancários.
Um levantamento do Departamento Intersindical de Estat ística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados do Banco Central, aponta que 42% dos munic ípios do pa ís não possuem nenhuma agência bancária.
Em alguns estados a situação é extremamente cr ítica, como em Roraima, onde dos 15 munic ípios, apenas quatro contam com agências bancárias. Em três deles existem apenas agências de bancos públicos. Bancos privados, apenas na capital.