O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) assinaram, nesta quarta-feira (11), um aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria que dá as diretrizes para a criação de um programa de prevenção à prática de violência doméstica e familiar contra bancárias, que também garante o apoio àquelas que forem v ítimas.
Por reivindicação da categoria bancária, a proposta vinha sendo negociada desde março de 2019. Na reunião de negociação entre o Comando dos Bancários e a Fenaban, ocorrida em fevereiro de 2020, os bancos aceitaram a criação do programa.
Dados do relatório extra ído do Sistema de Acompanhamento do Informações Sindicais do Departamento Intersindical de Estat ísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 2018 foram registrados 820 cláusulas que tratam o tema “;violência contra a mulher “;.
“;Diariamente vemos os noticiários sobre a violência praticada contra as mulheres em suas próprias casas. As bancárias não estão imunes a este tipo de violência. Precisam faltar ao trabalho, perdem produtividade e muitas acabam sendo demitidas. Isso é punir quem é v ítima! “;, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “;Esperamos que, com este acordo, no setor bancário não haja mais a punição às v ítimas e as bancárias sejam acolhidas. E também que, nós, juntamente com os bancos, possamos criar pol íticas de trabalho que levem em conta a situação vivida por elas “;, completou.
Sindban Acolhe -; No dia 6/3, o Sindicato lançou o projeto Sindban Acolhe que oferece atendimento jur ídico, psicológico e assistencial às mulheres v ítimas de violência doméstica.
Em parceria com a Rede de Atendimento e Proteção à Mulher, auxilia as v ítimas em questões c íveis (divórcio, guarda, pensão, danos moral, patrimonial ou estético, entre outras) e penais (medida protetiva e demais ações da Lei Maria da Penha). Isso inclui uma articulação com o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), com a Defensoria Pública, com a Delegacia de Defesa da Mulher e OAB.
Em médio e longo prazos, o projeto prevê a oferta, tanto para homens quanto para mulheres, de oficinas e palestras sobre o tema violência contra a mulher.
O Sindban Acolhe mantém uma equipe devidamente treinada para atender a esses casos. Assim, a bancária v ítima de violência pode ser atendida a qualquer momento na sede do Sindicato, em ambiente reservado, escuta humanizada e os casos mantidos em sigilo. Se preferir, pode agendar atendimento pelo telefone (19) 3417-1333, basta dizer Sindban Acolhe que os atendentes saberão como encaminhar o caso.