Negociação continua na terça e só termina com proposta decente ou em impasse

A Fenaban não trouxe para a mesa de negociação desta sexta-feira 17 uma proposta global para a pauta de reivindicações da categoria, que já está com a federação dos bancos desde o dia 13 de junho. Por esse motivo a negociação continuará na terça-feira 21. Os bancos se comprometeram a mandar a proposta redigida na segunda-feira 20, para que o Comando Nacional dos Bancários tenha tempo de avaliar e trazer contrapopostas para a mesa de terça.
Os dirigentes do Comando cobraram e ficou acordado na mesa que essa nova negociação só se encerrará quando houver uma proposta ou se chegar a um impasse. Qualquer um desses cenários será levado para apreciação dos bancários em assembleias, nas quais serão definidos os próximos passos da Campanha Nacional Unificada 2018.
“;Nós esperávamos que tivemos novidades, os banqueiros protelaram o tratamento dos temas, e decidiu que vamos continuar o processo de negociação, hoje não t ínhamos perspectivas de aumento real, e de outros pontos importantes para a nossa CLT. E nós precisávamos dar aos colegas dos bancos públicos a segurança do respeito das ações estabelecidas na convenção coletiva “;, comenta o Presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba, José Antonio Fernandes Paiva.
Durante a rodada desta sexta, os dirigentes sindicais destacaram a rejeição, por unanimidade em assembleias realizadas no dia 8 em todo o Brasil, da proposta apresentada pelos bancos no dia 7, que somente repunha a inflação do per íodo (estimada em 3,79% de 1º de setembro de 2017 a 31 de agosto de 2018).
“;A categoria bancária deixou claro nessas assembleias que quer aumento real, garantia de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e de que não serão substitu ídos por trabalhadores terceirizados, intermitentes, PJs, temporários. Também estão preocupados com a ultratividade (manutenção dos direitos até a assinatura de um novo acordo). E nada disso foi apresentado pelos bancos até agora “;, ressaltou. “;Também queremos garantia de respeito aos acordos espec íficos de BB, Caixa e dos bancos regionais “;, reforçou o dirigente.
A mobilização será fator primordial, de acordo com o Paiva é necessário aprofundar o debate. “;Nós precisamos avaliar e aprofundar o assunto com nossos bancários e com a população. Nós estamos apostando no processo de negociação, pois acreditamos que é poss ível construir uma convenção coletiva de trabalho “;, comenta.
etor mais lucrativo pode oferecer proposta decente

Os representantes dos trabalhadores mais uma vez reforçaram que os bancos podem atender as reivindicações da categoria.

Em 2017, os cinco maiores bancos que atuam no pa ís (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa), que empregam em torno de 90% da categoria, lucraram juntos R$ 77,4 bilhões, aumento de 33,5% em relação a 2016. Só no primeiro trimestre deste ano, eles já atingiram R$ 20,3 bi em lucro, 18,7% a mais do que no mesmo per íodo de 2017.

E os balanços do semestre já divulgados pelo Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa apontam que o ritmo de crescimento se manterá. De janeiro a junho, a soma dos lucros dos quatro já alcançou R$ 35,2 bilhões, um crescimento de 12% em relação ao primeiro semestre de 2017

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