Conespi decide lançar campanha para correção da tabela do IRPF

Na reunião ordinária realizada na última semana, o Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi) deliberou na reunião realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores Municipais sobre o desenvolvimento de uma campanha voltada a pressionar o governo federal a corrigir a tabela do Imposto de Renda, que está defasada em mais de 84%, prejudicando diretamente os trabalhadores assalariados.

O vice-presidente do Conespi, e Presidente do Sindicato dos Bancários, José Antonio Fernandes Paiva, destaca que a tabela foi corrigida pela última vez em 2015. Ele conta que o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) argumenta que nos últimos 20 anos não houve correção da tabela do IR em quatro governo diferentes. “;Com isso, no acumulado entre 1996 a 2017, a defasagem é de 88,40% “;, diz.

De acordo com o presidente do Conespi, Wagner da Silveira, o Juca dos Metalúrgicos, a correção da tabela do imposto de renda contribuiria tanto para elevar a taxa de crescimento do pa ís, o que garantirá a geração de novos empregos, beneficiando a todos, principalmente os 13 milhões de trabalhadores que estão desempregados. “;é uma ação local que pretendemos levar para n ível estadual e nacional, envolvendo diversos segmentos da sociedade, como as nossas federações de trabalhadores, o que vamos definir nos próximos dias, em novo encontro que vamos fazer “;, diz.

Sobre o IRPF

Estudos indicam que se a defasagem fosse corrigida, a faixa de isenção de pagamento do Imposto de Renda, que hoje é para quem ganha até R$ 1.903,98, subiria para aqueles que recebem até R$ 3.556,56, assim como aumentaria o valor permitidos para as deduções. Por exemplo, por dependente passaria de R$ 2.275,08 ao ano para R$ 4.286,28 ao ano.

Paiva também conta que a ausência de correção ocorre em um cenário de crise econômica, que vêm se refletindo em déficits primários bilionários sucessivos nas contas públicas. Em função disso, o governo não tem tido desejo de fazer o reajuste da tabela do IR, já que isso diminui a mordida do leão no salário do trabalhador e, por consequência, faz com que a arrecadação do governo seja menor. “;Ao não fazer a correção da tabela do IR, o governo toma posse do que não tem direito e reduz a renda do trabalhador, o que os sindicatos filiados ao Conespi não aceitam. Esta proposta também foi levantada e ganhou apoiadores na Conferência Nacional dos Bancários “;, completa.

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