Na noite da última quarta-feira, 10 de janeiro, os diretores dos bancos federais se reuniram na sede do SinBan para discutir ações acerca da reestruturação proposta pelo Banco do Brasil. O processo que já está sendo realizado pela instituição preocupa a entidade sindical.
O programa que começa a ser implantado neste ano amplia número de funções, mas corta outros cargos já existente e inclui Plano de Adequação de Quadros (PAQ) para desligamentos. Com isso, pretende transferir funcionários de locais de trabalho considerados com excesso de contingente, para outros onde há escassez de mão de obra. O programa prevê inclusive realocações compulsórias. Em seu regulamento, parte dos funcionários eleg íveis à movimentação poderá receber um incentivo.
De acordo com o bancário do BB, e dirigente sindical Paschoal Verga Júnior, este incentivo não é o suficiente. “;O PAQ tem muitas armadilhas para os bancários, por isso precisamos estar cientes e atentos. Na maioria dos casos o incentivo não será a razão da adesão, as pessoas irão aderir porque se verão obrigadas diante das realocações “;, comenta.
Esse incentivo será feito por meio de uma indenização que corresponde a um salário por ano trabalhado -; podendo ser limitado a oito, dez ou 12 salários, a depender da situação de cada trabalhador. “;é a í que mora o problema. Esse valor não terá reflexos na Previ e no Economus. E tem mais: os funcionários que aderirem ao plano de desligamento e seus dependentes poderão ficar de fora da cobertura da Cassi “;, comenta o Presidente do SindBan, José Antônio Fernandes Paiva.
Um dos grandes problemas do PAQ é que muitos bancários terão de se realocar em cidades a até 100 quilômetros de distância a fim de manter a comissão. Outros terão de mudar de estado para garantir o m ínimo da comissão, o que irá afetar a vida de suas fam ílias. “;Outro grave problema gerado pelo PAQ é que os bancários de outras regiões do Estado e do pa ís serão afetados negativamente por conta das realocações, muitas delas compulsórias, bancários que estão estáveis com suas fam ílias em uma cidade e terão de mudar para se adequar a reestruturação “;, protesta o dirigente sindical, Lucas Lima.