Obrigar caixas do BB a vender produtos é tiro no pé, diz diretor do SindBan

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e a direção do Banco vêm debateram mudanças anunciadas nas Plataformas de Suporte Operacional (PSO), que alteram as atribuições dos caixas executivos.

A proposta do banco é de aumentar as atribuições do caixa, que passariam a vender produtos, ou seja, atuariam na área negocial. O diretor e vice-presidente da regional Tiete do SindBan (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região) e representante dos funcionários do Banco do Brasil, Paschoal Verga Júnior disse que a mudança é um tiro no pé do próprio banco e pode prejudicar a qualidade do trabalho do caixa e ainda colocar em risco as duas atividades, já que para realizar vendas o bancário se afastaria do guichê e atuaria em vendas sem o devido treinamento, dividindo sua atenção com a outra atividade.

“;O que o banco chama de mobilização envolvendo as PSOs e o programa de reconhecimento com premiação, na verdade é uma forma de fazer com que os funcionários da PSO assumam tarefas da área negocial “;, disse Paschoal.

Outro problema está relacionado à sobrecarga de atenção que o profissional do caixa deve ter, já que mexe com dinheiro e pode responder pelas diferenças decorrentes do excesso de trabalho. “;Ele pode perder dinheiro ou ter problema de diferença a maior, ficando prejudicada a qualidade do seu trabalho. Quem inventou esse programa não sabe o que é trabalhar no caixa “;, disse o diretor do SindBan.

Ele salienta ainda que o banco se contradiz ao afirmar que caixa não é obrigado a vender produtos, já que estabelece metas para agências que são repassadas individualmente. O diretor diz ainda que a maioria dos guichês não tem gavetas com chave, o que gera insegurança nos funcionários de se afastarem do local.

O Banco quer mudar a natureza do serviço, mas não oferece treinamento adequado para o perfil caixa para que não corram o risco de erros passiveis de perda financeira e outros que os expõe à abertura de processo administrativo. “;Sem contar a sobrecarga de trabalho atribu ída aos caixas, os gerentes de serviços também serão afetados, pois o volume de serviços já estava num n ível preocupante só com o PSO, agora mais ainda tendo que se voltar às tarefas da agência “;, disse Paschoal.

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