06/04/2017 – 17:00
Cartilha sobre assédio sexual do Sindicato ilustrou a apresentação dos estudantes em um trabalho acadêmico sobre o tema
Na noite desta quarta-feira (5), alunos do curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos e de Tecnologia em Log ística, da faculdade Anhanguera de Piracicaba, distribu íram a Cartilha sobre Assédio Sexual do SindBan (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região) em sala de aula. O material ilustrou a apresentação de um trabalho acadêmico sobre casos judiciais envolvendo empresas e trabalhadores.
Lançada em 2015, a cartilha sobre Assédio Sexual no trabalho explica o que se caracteriza como assédio sexual, números do assédio e a importância da denúncia. Segundo o estudante Luan Passos, o grupo escolheu entregar o material do SindBan aos outros colegas da classe não só pela qualidade das informações, mas também pelo trabalho que é realizado na instituição.
“;Muito mais do que divulgar as leis trabalhistas, objeto de estudo da matéria, nosso objetivo foi conscientizar nossos colegas de classe sobre a importância do tema. Sabemos que o assédio sexual pode acontecer com homens e mulheres, mas segundo dados da Organização Internacional do Trabalho, 52% das trabalhadoras brasileiras já sofreram essa violência, esse assunto não pode ser deixado de lado, sabemos da luta do Sindicato, por isso escolhemos o material da instituição “;, explicou.
Apesar do grupo ser composto apenas por homens, o estudante comentou que a escolha do caso foi intencional. “;Nós, como homens, precisamos parar de descontruir o feminismo e entender que sim, vivemos em uma cultura machista. O caso que escolhemos mostra uma situação, infelizmente, comum de assédio: uma trabalhadora que foi assediada sexualmente por um funcionário em posição hierárquica superior que a dela. O jogo de poder que essa violência envolve já prova a desigualdade de gênero na sociedade “;, comentou Passos.
Para o presidente do SindBan, José Antonio Fernandes Paiva, ver jovens reconhecendo o trabalho do Sindicato é um enorme incentivo para continuar lutando pela igualdade de direitos. “;Quando nós vemos um grupo de 7 homens falando sobre o assédio sexual, defendendo o empoderamento da mulher e o feminismo, é um sinal que nossa luta é importante e traz resultado. A nossa cartilha é apenas uma das ações que fazemos contra a violência, vamos continuar trabalhando para que um dia nós possamos viver em uma sociedade mais justa “;, comentou.