Em recente acordo, o Banco do Brasil havia garantido que haveria novos cargos e que os caixas seriam realocados em nova função com manutenção de remuneração similar ou superior à da gratificação de caixa, mas a realidade tem se mostrado diferente.
Atualmente, caixas estão sendo comunicados de que perderão suas funções em 1º de fevereiro, gerando um clima de desespero entre os trabalhadores. Muitos afirmam que não têm alternativas viáveis para realocação, contrariando o que foi prometido pelo banco, que assegurou a permanência dos trabalhadores na mesma cidade. Em algumas agências, quando há mais de um caixa para uma única vaga, o gerente geral está sendo responsabilizado por decidir quem ficará no cargo, um processo que desrespeita o histórico sistema interno de ascensão e oportunidades do banco.
Lucas Passos de Lima, diretor do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e região (SindBan) e representante da Comissão de Empresas do Banco do Brasil (CEBB), ressalta: “Neste momento, é essencial agendarmos uma reunião para que o Banco do Brasil apresente alternativas viáveis para enfrentar esse cenário. Não podemos aceitar que os bancários fiquem sem perspectivas quanto ao seu futuro nas agências. O trabalhador do BB precisa estar protegido e ter a garantia de que conseguirá cumprir seus compromissos.”
Além do descumprimento dos acordos, a vice-presidência de varejo do banco segue pressionando trabalhadores com metas abusivas em busca de lucros que desvirtuam o papel do Banco do Brasil como instituição pública. Agora, somam-se novas responsabilidades atribuídas aos gerentes gerais, que precisam decidir, muitas vezes de forma constrangedora, quem ficará com as poucas vagas disponíveis, enquanto os caixas ficam sem espaço para movimentação.
Outro ponto de insatisfação é o curso de reciclagem prometido aos caixas, que virou um pré-requisito para concorrer às vagas, sem que isso tivesse sido acordado previamente. Muitos trabalhadores que estavam de licença ou férias, ou mesmo os que têm alta demanda de trabalho, não conseguiram realizar o curso e, agora, estão sendo prejudicados.
A manutenção dos caixas é primordial para garantir à população o melhor atendimento. A mobilização busca reforçar a luta por condições de trabalho justas, cumprimento dos acordos e respeito aos trabalhadores.