Os sindicatos orientam a não adesão à proposta da Cassi de pagamento das cobranças
A proposta foi apresentada em reunião na última sexta-feira (10), com o intuito de alterar a forma de pagamento das cobranças referentes a valores não recolhidos pelo banco entre julho de 2010 e setembro de 2023. Essas cobranças envolvem ações trabalhistas e acordos firmados nas Comissões de Conciliação Voluntária ou nas Comissões de Conciliação Prévia.
Embora tenha ocorrido uma alteração na forma de parcelamento, os sindicatos lamentam que a proposta não tenha sido modificada, mantendo os pontos principais da cobrança inalterados. Os sindicatos criticam o fato de a Cassi não ter acolhido as demandas feitas pelos representantes dos trabalhadores durante a reunião. A instituição se mantém inflexível quanto à atualização monetária e à aplicação de juros no parcelamento das dívidas.
O Banco do Brasil não realizou os descontos necessários nem recolheu a sua parte das contribuições para a Cassi entre 2010 e 2023, o que resultou nas atuais cobranças, causando grande preocupação entre os bancários. Apesar de a Cassi ter se mostrado disposta a modificar a forma de pagamento, os sindicatos ainda consideram a proposta insustentável e orientam os trabalhadores a não aceitarem os termos.
A proposta da Cassi, embora tenha apresentado ajustes no parcelamento, continua penalizando os bancários com a aplicação de correção monetária e juros. Além disso, não houve alterações substanciais no conteúdo principal da cobrança, que permanece questionado pelos sindicatos.
Em 2010, o BB e a Cassi firmaram um convênio de colaboração no qual o banco se comprometia a calcular e cobrar as contribuições de associados que recebessem indenizações relacionadas a causas trabalhistas. No entanto, entre 2010 e 2023, o BB não realizou esses recolhimentos, e só em janeiro de 2024 concordou em pagar sua parte, com o pagamento sendo efetuado em agosto de 2024.
No início de dezembro de 2024, a Cassi decidiu, de forma unilateral, realizar a cobrança, sem negociações com o movimento sindical e sem consultar os associados. Em resposta, os sindicatos enviaram um ofício à Cassi em 13/12/2024, solicitando a suspensão imediata das cobranças e a abertura de mesa de negociação. A primeira reunião ocorreu em 17/12/2024, mas a Cassi manteve a cobrança até o final de dezembro de 2024.
Após nova reunião em 23/12/2024, a Cassi rejeitou a suspensão das cobranças e manteve a proposta sem alterações, apenas adiando o prazo de adesão para 24/01/2025. Em 10/01/2025, a Cassi apresentou algumas mudanças no parcelamento, mas os sindicatos continuam a rejeitar a proposta, principalmente pela manutenção dos juros e da correção monetária.
Diante da intransigência da Cassi, os sindicatos reiteraram seus posicionamentos contra a proposta e solicitaram a suspensão da cobrança, agora buscam abrir uma mesa de negociação com o Banco do Brasil para encontrar uma solução e pretendem mover uma ação judicial contra a Cassi para suspender as cobranças.
A orientação dos sindicatos continua sendo para que os bancários não adiram à proposta, e, caso já o tenham feito, que procurem a Cassi para cancelar a adesão.