O SindBan Piracicaba participou, na segunda-feira, 16, de mesa redonda sobre o tema “Saúde Mental e Organização do Trabalho: da individualização ao olhar coletivo”, realizada no Salão Nobre da FOP (Faculdade de Odontologia de Piracicaba).
O presidente do SindBan, José Antonio Fernandes, foi o mediador do debate, que teve como expositores os pesquisadores Maria Maeno, da Fundacentro, e José Roberto Heloani, da Unicamp.
O evento integrou a programação da XXV Sempat (Semana Municipal de Prevenção e Acidentes de Trabalho), organizada em comemoração aos 20 anos de trabalho do Cerest Piracicaba (Centro de Referência em Acidentes de Trabalho).
Na abertura do encontro, Paiva apresentou dados sobre saúde mental na categoria bancária, a partir da pesquisa Perfil Bancário 2023, ilustrando a importância de se avançar no debate sobre o tema do adoecimento mental dos trabalhadores. “Este é um tema prioritário na atualidade, de modo especial para algumas categorias, entre as quais os bancários”, observou.
Uma das maiores especialistas no tema da saúde mental e trabalhadores, Maria Maeno apresentou o quadro abrangente sobre o problema no país. E foi taxativa ao dizer que “o trabalho como ele é, ele adoece e mata”.
Ela apresentou alternativas para aumentar a proteção aos trabalhadores, destacando a necessidade de capacitar e fortalecer a ação do SUS (Sistema Único de Saúde) nessa área de atendimento.
O pesquisador José Roberto Heloani falou sobre a necessidade de se repensar o modelo de desenvolvimento como um todo. Em sua avaliação o problema só será resolvido a longo prazo, com a construção de uma sociedade que valorize mais as pessoas do que o capital.
Heloani também afirmou que a curto prazo é prioritário acabar com a miséria e a fome, e a médio prazo investir em formação sobre saúde e trabalho. Nessa tarefa ele acredita que os sindicatos podem contribuir de forma decisiva.