As negociações com o Santander para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho ainda estão em andamento.
O banco já sinalizou avanços importantes, como, por exemplo, a extensão do período de amamentação de nove para 12 meses, a inclusão de uma cláusula de repúdio sobre violência contra a mulher e melhorias no combate ao assédio moral e sexual. Mas, ainda falta um retorno positivo quanto à manutenção dos canais de negociação com os trabalhadores, bem como o fortalecimento do comitê de relações trabalhistas.
O movimento já realizou diversas conversas com o banco, na tentativa de reforçar a importância e a reponsabilidade do banco com o diálogo com as entidades sindicais.
Banesprev e Cabesp – O Santander sinaliza com a não renovação dos termos de compromisso do Fundo Banespa de Seguridade Social (Banesprev) e da Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São Paulo (Cabesp).
O banco havia se comprometido com a implementação de um Grupo de Trabalho paritário, formado entre representantes do movimento sindical e da instituição financeira para discutir quaisquer questões que resultem em reestruturação tanto na Cabesp quanto no Banesprev. Ao longo dos anos estes grupos tiveram resultados positivos para todos os envolvidos.
A possibilidade de não renovação dos termos levanta uma série de preocupações entre os trabalhadores quanto à governança do Banesprev e da Cabesp. Indica que o banco não tem interesse em resolver possíveis conflitos no diálogo com os representantes dos empregados, uma vez que os termos de compromisso do Banesprev e da Cabesp nada mais são do que o estabelecimento do diálogo social entre os trabalhadores e o Santander, que afirma sempre estar aberto ao diálogo.
Porém, quando ameaça não mais ratificá-los, o banco assume um comportamento completamente diferente daquilo que diz defender. Em resumo, não assinar estes documentos indica que o banco nega o diálogo social.